Protetores usam internet para driblar dificuldades de adoção e cuidados com animais

As medidas de prevenção e controle do novo coronavírus mudaram a rotina da maior parte das pessoas, mas há um grupo que também teve a rotina alterada e tem passado por muitas dificuldades: os animais abandonados. Para evitar aglomerações, as feiras e eventos foram suspensos, o que acarretou uma queda de cerca de 70% nas adoções nesse período. Além das doações, que reduziram mais da metade. Protetores pedem apoio para manter o trabalho com os animais abandonados.

O Proteção Cão Amor atua há 11 anos na cidade. Com resgates, feiras de adoção, bazares e eventos para arrecadar doações para manter os 46 animais que estão sob sua responsabilidade. O Cão Amor não tem abrigo próprio e, por isso, pelo menos 30 cães ficam em hospedagens, com sistema de apadrinhamento, mas muitos animais não têm padrinhos e são bancados pelo Cão Amor. 

“Sem contar que 70% das madrinhas são autônomas. São psicólogas, médica que tem consultório particular, professora particular e pessoas que têm comércio e que não estão podendo ajudar agora”, disse a protetora Andrea Santos.  

Os outros 16 cães, na maioria idosos, são cuidados por Andrea em um espaço também alugado. “Não estamos podendo fazer bazar e nem eventos, está complicado. Os animais para adoção, temos divulgado na internet, mas não é suficiente, e o negativo só aumenta”, disse. 

Para tentar ajudar o Proteção Cão Amor está promovendo um bazar virtual. As peças estão disponíveis na página do grupo no facebook. As fotos dos animais que estão disponíveis para adoção também estão na página do Cão Amor. As adoções seguem as recomendações para a guarda responsável, com a apresentação de documentos e entrevista com os interessados. Para apoiar a causa é só entrar em contato pelas redes sociais.