Protocolo de segurança para o transporte público em Petrópolis em caso de inundações é apresentado ao MPRJ

31/08/2022 18:45
Por Enzo Gabriel

Na tarde desta quarta-feira (31), uma reunião foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para a apresentação do protocolo de segurança para o transporte público em caso de inundações.  Entre as medidas propostas estão a criação de rotas de fuga, ida para locais seguros, orientação para profissionais das empresas de ônibus, entre outras. O treinamento de cerca de 1.200 profissionais do transporte público deve começar no dia 3 de outubro, com instruções de profissionais da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

“O protocolo foi elaborado pela Defesa Civil do município, em parceira com os demais órgãos, como Corpo de Bombeiros, CPTrans e empresas de ônibus, para que a população se sinta mais segura ao passar por vias em que, historicamente, existe uma tendência de alagamento na cidade. As medidas mais importantes são a marcação dos ônibus em relação ao nível de água máximo para as pessoas deixarem o ônibus para uma das ilhas de segurança, que são os pontos que serão demarcados como locais seguros, ao longo da extensão da Coronel Veiga e do Centro Histórico”, explica o tenente coronel Gil Kempers.

“Estamos tratando de um projeto de segurança para o transporte coletivo em Petrópolis. Após o acidente terrível em fevereiro nos dois ônibus, com perda de vida, instauramos um procedimento para apurar o que aconteceu e pensar formas de evitar que eventos como esse ocorram novamente. Tivemos várias reuniões, com motoristas, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil e vamos analisar o documento que foi entregue antes de iniciar a capacitação com os profissionais do transporte. Como a proposta da Defesa Civil foi feita baseada em diversas reuniões, acredito que este projeto represente a versão final”, disse Vanessa Katz, promotora do MPRJ.

Na Rua Coronel Veiga, cancelas de fechamento automático devem ser implantadas para impedir a passagem de veículos em situações de perigo, serviço que antes era feito por viaturas, e deve ficar mais rápido sendo feito por meio eletrônico.

“Estamos construindo um protocolo direcionado para as empresas de transporte e queremos participar disso ativamente e ajudar no processo. A questão da responsabilidade de salvar as vidas, é da população, das autoridades e dos órgãos competentes também, mas o que estiver ao nosso alcance será feito e o conteúdo será replicado”, afirma Carla Rivetti, gerente do Setranspetro.

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