Quadro nebuloso

11/12/2017 11:35

Recebo diariamente pelas mídias sociais um imenso número de notícias, informações e postagens, que em sua esmagadora maioria são incorretas, incompletas, inconclusivas e muitas das vezes totalmente falsas. Passou-se a dar uma importância desmedida a uma "midia ninja" compromissada com quem está lhe fornecendo meios de subsistência, pagando-lhes para levarem a público toda sorte de inverdades, que só visam minar as informações e notícias corretas e sérias. 

Um grande número de pessoas que recebem estas ditas "informações" não as fazem passar por um filtro, e quando gostam, simplesmente as replicam à exaustão. O resultado é que a credibilidade das mídias sociais decai a cada dia que passa. Sei que muito já se escreveu sobre isto e não vou me prolongar. Comecei por este assunto para chegar à pesquisa divulgada esta semana pelo "vox populi" que mede as intenções de voto entre os pré-candidatos à Presidência.

A pesquisa dá Lula com 35% e Bolsonaro com 17%, mas não informa os percentuais de rejeição dos candidatos, bem como o de abstenção (ou seja uma informação incompleta e inconclusiva). Note-se, por oportuno, que a pesquisa foi encomendada e paga pela CUT… sim acreditem pela CUT… seria cômico se não fosse trágico. Essa pesquisa, que se mostra francamente manipulada, quer fazer acreditar que Lula venceria em todos os cenários em 2018. (falácia).

Conversando esta semana com um experiente político da Capital, chegamos a algumas conclusões: 1. Tudo o que se refere a Lula no momento são meras expectativas (ninguém pode afirmar que estará elegível em outubro); – 2. A esquerda não tem uma nome forte e alternativo ao de Lula (Haddad não possui força de congregação desta esquerda); – 3. Lula não terá mais o mesmo poder de transferência de votos para um poste (Dilma aniquilou esta possibilidade); 4. Partidos de esquerda apresentarão candidatos próprios (Manoela e Boulos) não integrarão uma coligação com o PT; – 5. Bolsonaro tende a crescer, talvez a um patamar que o leve ao segundo turno, mas a sua rejeição ainda deverá ser melhor avaliada; – 6. Os demais candidatos ainda são uma incerteza: o PSDB se enfraqueceu muito em sua imagem, por não ter reagido e tomado uma posição dura no caso Aécio; passou a ser visto como um PT de gravata. Alckmim (que acredita ser o candidato de centro) só crescerá se o PMDB abraçar sua candidatura (hoje longe disto acontecer); -7. Meirelles, Ministro da Fazenda (nome que não satisfaz à enorme bancada pmdebista) sonha em ser o indicado da situação e Temer também pensa na ideia (apesar de todo o percentual de desaprovação de seu governo); – 8. Rodrigo Maia corre por fora, mas sabe que não reune votos para tanto, talvez componha a chapa com Meirelles (caso a escolha recaia sobre seu nome) como vice. Já aqui no Estado do Rio, o quadro é ainda tão nebuloso, quanto no cenário federal. O PMDB, partido que domina o Estado, está com suas principais lideranças, neste momento, presas; o estrago de imagem não pode ainda ser totalmente conhecido, mas sabe-se que será grande. Muitos possuidores de mandato, aguardam ansiosamente a janela que permitirá a troca de partidos em março (sem perda do mandato) para migrarem para outra sigla. Um dos partidos que mais receberá deputados egressos do PMDB será o DEM e a disputa para para os cargos de deputado, tanto estadual como federal dentro deste partido, se tornará bastante acirrada entre os postulantes.

Estamos chegando perto do final do ano e o quadro é este acima. Mudanças só serão percebidas após o mês de março e posso apostar que elas serão grandes e trarão surpresas.

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