Quais os políticos que hoje representam a juventude em Petrópolis?

21/abr 04:21

De acordo com o Censo de 2022, atualmente Petrópolis tem 16.083 jovens com idade entre 15 e 19 anos. Já dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que num universo de 244.104 pessoas aptas a votar, a cidade tem apenas 628 eleitores com 16 e 17 anos.  Para aumentar a emissão de títulos nesta faixa etária, quando o voto não é obrigatório, a Escola Judiciária Eleitoral do Rio de Janeiro e a Justiça Itinerante do TRE-RJ, lançaram o projeto #PartiuVotar realizando ações em escolas da cidade. E conseguiu engrossar um pouco mais o número nesta faixa. A falta de ‘novidades’ na política local com os mesmos personagens se perpetuando nas campanhas majoritárias contribuíram de forma acentuada para este cenário.

Mesmo enredo e personagens

Desde 1997 os atores políticos são os mesmos na cidade. E este ano não é diferente. Os nomes de Bomtempo, Bernardo, Mustrangi e agora de Leandro Sampaio são os mais mencionados neste ano eleitoral. As “novidades” (mas muito aspeadas, por favor) são Hingo Hammes e Leandro Azevedo. Talvez a real novidade seja Bernardo Santoro, que nunca se elegeu. São relativamente jovens, mas falam diretamente aos jovens de 16 e 17 anos? Essa é a questão. Na Câmara de Vereadores, talvez o último ‘jovem’ a ingressar tenha sido Bernardo Rossi. Depois disso, o legislativo foi ficando cada vez mais de cabeça branca.  Essa falta de oxigenação afasta os jovens das urnas porque não se veem representados.

Mulheres

A distância das mulheres do legislativo também é um cenário evidente em Petrópolis. Até hoje apenas cinco mulheres foram eleitas vereadoras: Carmem Felicetti (1997 a 2000), Wilma Borsato (1993 a 1996), Renata Fadel (2001 a 2004),  Gilda Beatriz (2013 a 2016, 2017 a 2020 e 2021 a 2024) e Júlia Casamasso (2021 a 2024). Petrópolis nunca teve uma prefeita ou vice-prefeita e foram poucas as vezes em que foram candidatas à majoritária. Episódios de discriminação de gênero se tornaram públicos mais recentemente, mas situações velada desta violência todas passaram, a gente tem certeza.

Elaine Vieira, jornalista e consultora de moda e estilo é uma das participantes da mesa redonda “Diversidade na moda: inclusão e conscientização” nesta quarta-feira,  evento que faz parte do Movimento Fashion Revolution. A ação, parceria com a Comissão de Coleta Seletiva Solidária (CCSS) e o curso de Bacharelado em Turismo do Cefet/RJ Petrópolis, por meio da disciplina de Educação Ambiental, acontece das 18h30 às 20h30 no Salão Nobre da unidade.

Apreensão

Vai ser julgado em maio, pedido de cassação do governador Cláudio Castro pelo Tribunal Regional Eleitoral. Castro, seu vice, Thiago Pampolha e o hoje presidente da Alerj, Rodrigo Bacelar, são investigados pelo Ministério Público Eleitoral no caso da folha secreta do Ceperj que teria milhares de cargos fantasmas e ainda preenchidos de forma irregular no período eleitoral. Os processos eram separados e, Bacelar, que estaria acreditando em se safar e sentar na cadeira de governador, teria feito movimentações colocando mais lenha na já ardente fogueira de Castro. Mas, a justiça decidiu juntar tudo num mesmo processo. Se um se lascar, o outro também. 

Plano B

A imprensa da capital já começou a noticiar um plano B para que Castro não tenha o mesmo final de cinco ex-governadores (Cabral, Pezão, Garotinho, Rosinha e Witzel). Se for condenado, ele abriria mão de recurso e teria uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado. Bacelar poderia assumir o governo, no impedimento de Pampolha, mas se estiver enrolado também…

Em suspenso

Com essa fumaça toda, que indica um incêndio, acendeu a luz vermelha entre os pré-candidatos a prefeito em Petrópolis escorados na direita. Inspiraram e prenderam o ar e vão segurar até haver uma decisão. Depois, retomam o fôlego com ou sem Castro. A esquerda, feliz, aguarda os acontecimentos para detonar a proximidade dos direitistas pré-candidatos em Petrópolis com Castro e Bacelar casos sejam condenados.

Trabalho árduo

Como forma de conter o bolsonarismo, o PT quer investir pesado na nominata de vereadores em todas as cidades do estado este ano. Em 2020,  o partido fez apenas 23 vereadores e a meta, esse ano, é passar de 80. Em Petrópolis vão ter que se esforçar nesta nominata e investir na campanha. Hoje o PT não tem vereador e seu principal expoente é o vice-prefeito Mustrangi, além do presidente da sigla, Thiago França, secretário de Esportes. Porque mesmo sendo da base de sustentação do prefeito Bomtempo, o PT só tem mesmo essa secretaria e o embarcou no governo aos 45 do segundo tempo.

Natalia Paz Lage é a convidada da próxima edição, quinta-feira, do projeto “Fale-me de Petrópolis”, do Museu Imperial. Ela vai apresentar o tema “A formação da comunidade portuguesa de Santa Isabel em Petrópolis no período da Ditadura Salazarista”. O evento é aberto ao público, acontecerá na Biblioteca do Museu Imperial e não é necessário agendamento ou inscrição.   

Contagem

E Petrópolis está há 347 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Talvez

E ontem, no Petrô, no encontro do MDB que apresentou os pré-candidatos a vereador e o nome do empresário Cláudio Mohammad como postulante a pré-candidato a vice, Hingo Hammes, que é o nome do Progressistas como pré-candidato a prefeito, fez o esperado: não disse sim e nem não. Deixou no ar e assim vai ficar até as convenções em julho.  Mas sua presença afagou o presidente estadual do partido Washington Reis e os emedebistas.  Porém, Hammes ainda é só ficante. Pra ser namoro ainda é um longo caminho. Noivar e casar também só depois.

Na lata

Neste evento, Washington Reis reafirmou a sinceridade que lhe é peculiar e desmentiu publicamente que o partido queria manter em suas fileiras o vereador Dudu. Disse o presidente local Marcus von Seehaunsen que o manda-chuva nacional do MDB, Baleia Rossi, queria Dudu na legenda. “Não queria, não. Não queremos”, corrigiu Reis no palco e ao microfone.  

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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