Quatro assessores de Vadinho já assinaram acordos de delação premiada

A força tarefa que investiga o esquema de corrupção da Câmara Municipal já conta com as delações de quatro assessores do ex-vereador Osvaldo do Vale, o Vadinho. Marcos Antônio Felix da Silva (Marquinho), Angela Regina Borsato dos Santos, José Carlos Fernandes de Sá e Luiz Otávio da Costa Penna já assinaram os acordos no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ). Os depoimentos agora estão sendo analisados.

Dos quatro delatores, apenas Luis Otávio foi solto 10 dias após a prisão, por ter sido o primeiro a assinar o acordo de deleção premiada com a justiça. Os outros continuam presos em penitenciárias do Rio de Janeiro. Vadinho e seus assessores foram detidos no dia 7 de fevereiro, após quatro meses de investigações. O grupo é acusado de cometer crimes de peculato, associação criminosa e concussão. 

Para os integrantes da força tarefa, as delações premiadas dão novos rumos à investigação. Além disso, os delatores podem ter as penas atenuadas, uma vez que decidiram colaborar com a justiça. "É importante que os delatores forneceram mais informações sobre o esquema e apresentem provas que comprovem os seus depoimentos", disse um integrante da força tarefa, que é formada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, a Polícia Civil, o Judiciário e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

Além dos assessores do ex-vereador, a força tarefa também conta com a delação de um ex-assessor da Câmara, cujo nome não foi divulgado e que se apresentou espontaneamente ao MPERJ no dia 20 de março, e de acordo com informações, falou sobre outras pessoas envolvidas no esquema de corrupção no Legislativo.

O esquema começou a ser investigada em setembro do ano passado, quando uma ex-assessora de Vadinho denunciou ao MPERJ a prática de extorsão do ex-vereador, que exigia dos servidores a devolução de parte dos salários. Além disso, Vadinho também é acusado de contratar funcionários fantasmas.