Que futuro nos aguarda?

10/05/2017 08:00

Ansiedade, a se considerar por parte de um cidadão que já atingiu à condição de idoso? Ou, apenas, simplesmente, preocupação, se assim posso qualificar o que vai pelo interior do meu ser, não só por apreensão com relação aos idosos, mas, e principalmente, com a imensa população de jovens que vislumbram, com tristeza, o que vem se passando em nosso país, muito embora na viva esperança de melhores dias.

Não vejo, momentaneamente, maiores perspectivas com vistas a um futuro mais promissor, ainda que, em alguns momentos, já tivesse guardado tal sentimento; ledo engano.

Todavia, ao fazer um balanço dos desencontros que vêm se sucedendo, sofro por ter enveredado por caminhos equivocados quando, imbuído pelo sentimento de patriotismo, acabei por acreditar que o país estivesse a sair do lamaçal em que se afundou, há anos.

Contudo, as manobras que são levadas a termo no distante Planalto Central, que mais lembra “a ilha da fantasia”, conduz-me a crer que pouco mudou, ou quase nada, embora sob esforços de alguns que desempenham atividades junto ao parlamento, a lutar mais pelo bem estar de seus concidadãos, ao contrário daqueles que legislam em prol de si próprios ou para “ajudarem” a empresas e empresários “em dificuldades financeiras”.

Se formos refletir, com absoluta sensatez, acerca da situação do país, sob os mais variados contornos, haveremos de ficar estarrecidos.

É bom frisar, que não estou sendo conduzido pelo sentimento de pessimismo, ao contrário, retrato, entretanto, o que assisto e vejo no dia a dia; as mentiras deslavadas, os conchavos, as roubalheiras que ocorreram, às escâncaras, embora seriamente combatidas e apuradas pelos órgãos competentes, levam-me a crer que, até o nosso sagrado direito de ir e vir esteja seriamente comprometido.

Corajosos são aqueles que se atrevem a descer a serra de Petrópolis, com a certeza de que irão chegar intactos ao final da jornada; relembremos, pois, o ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, na terça feira, dia 02, com a grave ocorrência a propósito de vários ônibus queimados por vândalos e tiros a valer, em comunidades da “cidade maravilhosa”; o estado de direito na luta contra o estado de fato, porém, “armado até os dentes”.

O país, com mais de 14 milhões de desempregados, com uma geração que foi expurgada das salas de aula, portanto, da educação e cultura, sem saúde, transporte, segurança e, sobretudo, esquecendo-se de que existe um Ser Maior a observar as atrocidades que vimos assistindo, conduz-nos ao entendimento de que a saída para o país já nem mais esteja nas mãos dos políticos e dos executivos, mas, somente, nas mãos “Dele”. 

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