Quem são os senadores e deputados de oposição indicados para CPMI do 8 de janeiro

22/05/2023 15:17
Por Natália Santos / Estadão

Parlamentares da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já ocupam 11 das 32 vagas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. Fazem parte desta lista aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o ex-diretor-geral da Abin, deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A comissão foi criada mês passado com o objetivo de investigar os ataques e invasões aos prédios dos três Poderes no dia 8 de janeiro. A previsão é que ela seja instalada na próxima quinta-feira, 25.

Os apoiadores de Lula, anteriormente contrários ao requerimento, buscam responsáveis pela omissão que levou aos atos de vandalismo no Planalto, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) e também culpam deputados alinhados a Bolsonaro.

O governo, no entanto, se viu obrigado a mudar de posição após a divulgação de imagens do agora ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias dentro do Palácio do Planalto durante os ataques, e está ainda mais dependente do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Dos 32 integrantes da CPI (16 deputados e 16 senadores), governistas calculam que conseguem indicar 20 nomes.

Senadores

– Marcos do Val (Podemos-ES)

– Esperidião Amin (PP-SC)

– Damares Alves (Republicanos-DF)

– Eduardo Girão (Novo-CE)

– Magno Malta (PL-ES)

Deputados

– Carlos Sampaio (PSDB-SP)

– Aluisio Mendes (Replubicanos-MA)

– Rodrigo Gambale (Podemos-SP)

– André Fernandes (PL-CE)

– Delegado Ramagem (PL/RJ)

– Filipe Barros (PL-PR)

Vagas em aberto

A composição da CPMI ainda não está completa. Nesta quinta-feira, 25, os membros votarão para eleger o presidente, que então indicará o relator. A decisão é pré-estabelecida em acordo – o deputado Arthur Maia (União-BA) e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) eram cotados para assumir, respectivamente, a Presidência e a relatoria da CPMI. No entanto, como mostrou a Coluna do Estadão, o nome de Braga já não é certo para ocupar o posto.

Além delas, há outras 2 vagas sem preenchimento no Bloco Parlamentar Democracia, composto por União Brasil, MDB, Podemos, PDT, PSDB, no Senado Federal. Na Câmara dos Deputados, a única vaga em aberta é a do Bloco União Brasil, PP, Federação PSDB-Cidadaia, PDT, PSB, AVANTE, Solidariedade e Patriota.

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