Radar banda X, tecnologia da NASA e mais sirenes: só no ano que vem

13/12/2023 04:13

O próprio presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Philipe Campello, confirmou que o Estado vai comprar dois radares de banda X, um para Petrópolis e outro para Friburgo, mesmo  com nosso poder público local não movendo uma palha ou mostrando interesse pela urgência da ferramenta.  O equipamento alemão consegue, com antecedência de quatro horas, indicar onde vai ter temporal dando, assim, tempo para as medidas de evacuação. É uma reivindicação que rola desde 2022 e tomou força com o movimento empresarial Petrópolis 2030 cobrando um equipamento próprio, vereadores fazendo audiência pública e senadores se manifestando.

Tecnologia da NASA

E promotores de Friburgo e Petrópolis também não esperaram pelos prefeitos tomarem uma ação e se encontraram com representantes da NASA e da Prefeitura do Rio para explorar ferramentas desenvolvidas pela agência espacial para monitorar eventos climáticos e desastres naturais. Atualmente, o Rio de Janeiro conta com o suporte de satélites da NASA para gerenciar alagamentos e deslizamentos. O encontro virtual apresentou sistemas como o Rio Flood Model e Lhasa Rio, focados na previsão de enchentes em curto prazo e análise global de riscos de deslizamentos. A meta é a tecnologia da NASA antecipar riscos na região.

O que mais vai faltar depois?

É como dizemos anteriormente: com tecnologias de ponta, a cidade não terá mais desculpas para deixar de evitar as tragédias por conta dos temporais. Porém, uma coisa é  ter o dado e outra saber o que fazer com ele. De posse das informações antecipadas que a tecnologia pode fornecer, caberá à prefeitura operação de evacuar as áreas e se não o fizer será de sua inteira responsabilidade.

Não dá tempo

De qualquer forma para este verão que começa em 11 dias já não dá mais tempo de ter um radar banda x próprio. Mas, há duas alternativas: conveniar com a prefeitura de Niterói que tem o radar banda x e topa dar pleno acesso ao equipamento ou fazer uso de um radar existente na Universidade Federal do Estado do Rio.  O ideal é usar as duas tecnologias que poderiam ser complementares para cobrir toda a cidade. É o que dá tempo de fazer pra este verão.

E as sirenes?

Porém, do governo do Estado, ainda aguardamos as 30 novas sirenes que a gestão Cláudio Castro anunciou que iria instalar na cidade. E não somos apenas nós que ficaremos sem, não. O estado anunciou dia 11 de outubro do ano passado que iria comprar os equipamentos dentro do Plano de Contingência para Chuvas Intensas. E, no total, além das 30 para a gente, seriam instaladas em Angra dos Reis (20 novas); Rio Claro (5); Paraty (11) e  Nova Friburgo (4). O custo é de R$ 11,1 milhões. Hoje, apesar de 234 áreas de risco na cidade temos 18 sirenes em funcionamento  em comunidades com maior grau de risco de deslizamento e são acionadas com a intenção de evacuar as áreas pelos moradores.

E foi instalado o pânico com o caveirão do Bope entrando no Carangola ontem no início da tarde! Teve vídeo nas redes sociais e toda a sorte de piadas sobre o equipamento. Mas, calma, gente! O veículo só veio na Salvini para reparos.

Nada a dizer?

Há 10 dias uma pessoa em situação de rua foi morta a facadas na madrugada na Rua do Imperador. E a prefeitura que deveria dar assistência a essa população sequer se pronunciou. Neste final de semana dois homens em situação de rua foram presos depois de uma briga no terminal Centro onde tem pancadaria sempre. E, de novo, nossas autoridades se calaram.

Contagem

E Petrópolis está há 216 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Ah, mas que lamentável nosso lapso. O ex-deputado federal Eduardo Cunha, ao contrário do que anunciamos ontem, esteve, sim, na cerimônia de filiação do ex-vereador Leandro Azevedo ao Republicanos. O manda chuva nacional do partido veio e posou para fotos. Mas, Leandro também esqueceu de publicá-las em suas redes sociais, daí a nossa confusão. E vamos ajudar ao prefeitável a corrigir esse mancada dele de não publicar uma imagem ao lado de Eduardo Cunha.

Sinal de alerta

Falamos aqui na semana passada sobre um sinal de alerta que vem da visitação do Museu Imperial que nos primeiros seis meses do ano recebeu 133 mil pessoas. Se dobrar até o final deste mês ainda fica longe do recorde de 2019 quando recebeu mais de 450 mil pessoas. Alcançando 266 mil pessoas, ainda fica maior do que em 2022, ano da enchente, com visitação, mesmo assim, fechando em 204 mil visitantes. Porém, a falta de programação para o Natal Imperial divulgada com antecedência não vai ajudar a subir os números do turismo nesta reta final de 2023.

Precioso

E ainda falando nisso, vejam que diamante é o Parque Nacional da Serra dos Órgãos para a região. As três sedes do Parnaso em Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim receberam nos seis primeiros meses deste ano, 108 mil visitantes. E uma parcela expressiva dos turistas internacionais que chegam a Petrópolis vem atraída pelo Parnaso.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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