Rebeca celebra conquista no solo e recordes: ‘Fechei com chave de ouro, estou explodindo’

05/ago 11:23
Por Estadão

Rebeca Andrade vive o auge de sua carreira na Olimpíada de Paris-2024. E a cereja do bolo foi conquistada nesta segunda-feira, na prova do solo. A ginasta brasileira faturou a medalha de ouro, bateu recordes e ainda desbancou a estrela americana Simone Biles, considerada a maior da história. Após ser enaltecida no pódio pela própria Biles (prata) e pela também americana Jordan Chiles (bronze), a atleta de 25 anos festejou a lista de feitos: “Estou explodindo!”.

“Eu estou muito feliz e muito orgulhosa das minhas apresentações, mesmo tendo algumas falhas na trave. Eu segurei firme, sabe? E o fato depois de faltar apenas o solo, eu pensei: ‘agora só falta o solo, se concentra’. Eu fiz o meu melhor tanto na trave quanto no solo e o ouro veio. Então, estou muito orgulhosa, do pódio, das mulheres, de mim e de tudo o que a gente está construindo”, festejou, em entrevista ao canal SporTV.

Rebeca ouviu o Hino Nacional emocionada no pódio. Ao seu lado, as duas rivais americanas fizeram uma reverência à brasileira, que deve entrar para a história destes Jogos Olímpicos. “Chorei porque terminei a competição inteira. Orei bastante para Deus todos os dias, mesmo antes de vir para cá, pedindo para que fosse uma competição boa, para que eu aproveitasse e para que eu voltasse (para casa) sem me lesionar. Que nada de ruim acontecesse! E o choro foi mais por isso mesmo. Eu estou inteira, estou aqui, feliz, curti, vivi Paris e fechei com chave de ouro. Nossa, eu estou explodindo.”

Questionada sobre o futuro, Rebeca evitou fazer projeções. Mas indicou que a prova desta segunda-feira pode ser a sua última no solo. “Acho que sim, mas o futuro a Deus pertence. Esse solo vai ficar na cabeça de vocês e na minha também”, afirmou.

Técnico da seleção brasileira de ginástica, Francisco Porath explicou que esta prova é a que mais exige fisicamente da atleta. “Confesso que é muito difícil prepará-la para fazer o solo. Fico emocionado até mesmo no treino quando ela acerta uns movimentos. E ver que ela fez o máximo dela no último dia (da ginástica artística na Olimpíada)… Todo mundo estava cansado, foi uma Olimpíada muito difícil. E o solo é o que mais desgasta, sempre demora para recuperá-la.”

Últimas