Recuperação judicial da Unimed

27/11/2018 09:50

Ainda não sabemos o que vem por aí, da segunda instância ou de Brasília, através da famigerada Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que só cuida dos interesses corporativos da elite econômica, e nunca cuidou dos pobres e jamais ajudou junto ao Congresso Nacional, para que as cooperativas médicas, como a Unimed, pudessem ter um tratamento diferente como, aliás, preveem as regras do cooperativismo, ou alguém acha que o Japão, uma das cinco nações mais importantes do mundo onde o cooperativismo é respeitado e colocado em prática em todos os setores da vida japonesa, vive mal?

Ainda lembro aqui em Petrópolis, quando o sonho dos profissionais da saúde tornou-se realidade ao criar a cooperativa da nossa Unimed, e depois, quando compraram o antigo Hospital São Lucas, hoje Unimed.

Quase 40 mil petropolitanos dependem dos cuidados médicos da nossa Unimed, e, pasmem, nais de 50% acima dos 60 anos. Pergunto: qual seguradora médica hoje, quase todas estrangeiras iria aceitar tantos idosos? Não fosse a sensibilidade do nosso juiz da 4ª Vara, o petropolitano Jorge Martins, que manteve a esperança de recuperação da Unimed, comprando uma briga, que poderá virar jurisprudência para outras cooperativas pelo Brasil afora, e mais, abrir os olhos do novo Congresso, que a Legislação sobre o cooperativismo tem que ser olhada com mais responsabilidade, já que as empresas estrangeiras vêm comprando tudo aqui no Brasil, claro, com associados jovens, porque ninguém quer idoso como novo associado.

O custo com os idosos é alto, mas a eles se credite que em anos anteriores contribuíram e usaram pouco os serviços. Agora, a retribuição depende de todos lá – mais gestão, menos propaganda e mais ação.

É preciso que o governo municipal, naquilo que puder ser feito, compre essa briga também, afinal, são menos 40 mil petropolitanos para a saúde pública cuidar.

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