Relatório apresentado ao MPF pela Caixa mostra infiltração nos apartamentos em janeiro
Um relatório apresentado pela Caixa Econômica Federal ao Ministério Público Federal, resultado de uma vistoria feita em janeiro deste ano, mostra os diversos problemas e vícios construtivos nos três condomínios do Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti. No fim de agosto, após uma tubulação de água estourar no condomínio 1, o Ministério Público abriu um procedimento cobrando da Caixa um laudo técnico para apurar as causas e consequências do ocorrido.
A vistoria foi feita pela AB Construtora nos dias 15, 16 e 19 de janeiro deste ano. Foram vistoriadas 105 unidades, sendo 19 no condomínio 1; 62 no condomínio 2; e 24 no condomínio 3. O relatório aponta infiltrações por causa externa e internas; forros de banheiro quebrados, em consequência das infiltrações; esquadrias de alumínios amassados e fora de esquadro; vidros trincados e quebrados; revestimento de cerâmica trincados; instalações elétricas com mal funcionamento; esquadrias de madeira com danos; pinturas e forros manchados por problemas de infiltração.
A maior parte dos problemas encontrados nessa vistoria se concentram nos blocos dos condomínios 2 e 3. Nas observações do relatório diz que os “os danos acima apontados exigem reparos para que não se agravem”. Essa vistoria de janeiro, foi realizada após solicitações de famílias que recém se mudaram para o Conjunto.
O procurador Charles Stevan da Mota abriu um procedimento para que a Caixa fizesse uma nova vistoria após o estouro da tubulação no Condomínio 1. A conclusão do documento, entregue ao Ministério Público no dia 10 de setembro, diz que “apesar da inundação que sofreu o Bloco 3, notadamente, os apartamentos localizados nos subsolos, não atingiu as instalações elétricas dos mesmos. Não observamos nos eletrodutos, caixas de tomadas, caixas de iluminação, caixas de interceptores e quadro de distribuição dos circuitos elétricos nenhuma mancha de infiltração de água ou umidade, estando as instalações vistoriadas em perfeita condição de uso”, diz um trecho do documento.
O Ministério Público disse que está levantando todas as informações e vai apurar os relatórios que foram citados durante a audiência pública que aconteceu na Câmara de Vereadores nesta semana.