Reserva de liquidez tem redução nominal em janeiro, a R$ 805,68 bi, diz Tesouro

24/02/2021 15:01
Por Idiana Tomazelli e Eduardo Rodrigues / Estadão

O Tesouro Nacional encerrou o mês de janeiro com R$ 805,68 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado em janeiro é 8,58% menor em termos nominais que os R$ 881,28 bilhões que estavam na reserva em dezembro. Por outro lado, o montante é 8,84% maior que o observado em janeiro de 2020 (R$ 740,23 bilhões).

A divulgação do valor exato do “colchão da dívida” foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.

No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida até acima do observado em 2019 (R$ 836 bilhões), após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano.

No mês passado, o órgão ressaltou que o montante no colchão da dívida já era suficiente para honrar todos os vencimentos previstos para o primeiro semestre de 2021. O objetivo é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.

O Tesouro Nacional ressaltou ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.

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