24/02/2021 11:08
A restauração da Catedral São Pedro de Alcântara, no Centro Histórico começa no dia primeiro de março, sete meses após o anúncio da primeira grande reforma do prédio. Na semana passada os tapumes começaram a serem instalados e o acesso a igreja já estão fechados para os veículos. O projeto será realizado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que disponibilizou pouco mais de R$ 13 milhões para a restauração.
Toda a fachada do prédio será reformado e haverá também reforço estrutural da igreja. A novidade é que o espaço vai ganhar uma galeria expositiva. Os trabalhos começam pela cobertura, o madeiramento estrutural e os elementos de ornamentação e calhas. As equipes farão a recolocação das rosáceas e modernização de toda parte elétrica no interior e exterior da igreja, assim como instalação de sistema de combate a incêndio. Também serão realizados o restauro e a requalificação interna, com recuperação de elementos artísticos.
A implantação da galeria será a última etapa. Ela será construída nos dois primeiros pavimentos da torre, que antecedem o sino. Nas suas cúpulas e agulhas serão instaladas uma passarela e telas de projeção para contar a história da construção da Catedral, bem como exibir documentos históricos da fundação da cidade. A nova área permitirá a visitação do público à torre, com sua altura de 70 metros e vista panorâmica da cidade.
De acordo com nota enviada pela Mitra Diocesana, a obra “não impedirá a visita de turistas, no entanto, conforme o andamento dos trabalhos, além das medidas de segurança sanitárias devido a covid-19, já tomadas pela administração da Catedral, outras ações poderão ser tomadas para garantir a segurança e o acesso”. A Mitra informou ainda que “as celebrações e todas demais atividades religiosas continuam ocorrendo e quando necessário, a missa, se for preciso, será transferida para o salão paroquial”.
O projeto de restauração da Catedral São Pedro de Alcântara é uma iniciativa da Diocese de Petrópolis a partir do empenho do bispo diocesano, Dom Gregório Paixão. Desde a sua chegada na cidade, o bispo sentiu o desejo de promover a restauração da Catedral devido a sua importância como principal templo religioso e para história e cultura da cidade e do país, devido a sua ligação com a Família Imperial e por ter sido um desejo do Imperador Dom Pedro II e de sua filha, a Princesa Isabel.
A primeira iniciativa do bispo foi registrar num livro toda a história da Catedral e em 2015, com apoio da Fundação Cesgranrio, publicou o livro “A Catedral de Petrópolis – Santuário da Memória da Cidade Imperial”. A Catedral de Petrópolis é um dos pontos turísticos religiosos mais visitados da cidade, tanto por sua beleza arquitetônica quanto por ali abrigar o Mausoléu da Família Imperial. Recebe mais de 300 mil pessoas por ano.