Rio: assaltos no Arco Metropolitano levam motoristas a evitar rodovia

11/01/2019 15:09

O abandono do Arco Metropolitano, inaugurado em 2014 com a finalidade de ligar os municípios da Baixada Fluminense a Itaguaí, tem levado os motoristas a evitarem a região, devido ao grande número de assaltos e ao furto das placas de iluminação solar, deixando vários trechos da rodovia às escuras.

Como medida de segurança, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passou a fazer patrulhamento diário na região do Arco Metropolitano, como é conhecida a Rodovia Raphael Almeida Magalhães (BR-493). Nessa sexta-feira (11), os agentes prenderam um homem de 49 anos furtando placas de energia solar no trecho de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Em ronda, os policiais rodoviários federais notaram que havia vários postes derrubados para a prática do crime de furto das placas de energia solar, no km 53. Um homem foi visto cortando os fios com uma faca e quebrando as placas com uma barra de ferro. Havia também um veículo de cor prata, com um reboque de carroceria aberta, transportando várias placas de energia solar que fazem parte dos postes de iluminação do Arco Metropolitano.

O homem confessou o crime, foi preso e encaminhado para a 61ª Delegacia Policial em Imbariê, na Baixada Fluminense, onde foi autuado em flagrante.

Lava Jato

Segundo investigações da Operação Lava Jato, o esquema de corrupção montado pelo então governador Sérgio Cabral nas obras públicas do estado do Rio de Janeiro envolveu também as obras de construção do Arco Metropolitano.

Em maio de 2017, ao aceitar a nona denúncia contra Cabral, o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, disse que o ex-governador “tornou-se réu pelos crimes de corrupção ativa e esquema de pagamento de propina”. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

Denúncia

A nova denúncia oferecida pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio cita esquema de pagamento de propina envolvendo a empreiteira Carioca Christiani-Nielsen, em contratos milionários nas obras do Arco Metropolitano, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Favelas e da Linha 4 do metrô. A denúncia do MPF é resultado das investigações das operações Calicute, Eficiência e Tolypeutes, e de depoimentos de executivos da empreiteira que fizeram acordos de colaboração com a Justiça.

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