Rodoviários já demonstram preocupação com possível saída da Petro Ita

24/maio 18:52
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

Após o Ministério Público do Rio de Janeiro ingressar com uma ação em que pede a anulação do contrato da Petro Ita, rodoviários já demonstram preocupação com a possível mudança. O medo da categoria é que se repita o que vem acontecendo com rodoviários da Cascatinha, que, nesta sexta-feira (24), se disseram frustrados com os resultados de uma reunião entre representantes do sindicato e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans).

“Não vamos findar esta luta até que todos os trabalhadores que foram prejudicados pela interrupção das atividades da Cascatinha estejam em novos postos profissionais. Ressaltamos ainda, que já estamos antevendo situação similar com a empresa Petro Ita, e se por acaso o Prefeito Rubens Bomtempo agir da mesma forma, ou seja, decretando suspensão de direitos de operar para a Petro Ita, sem avaliar os impactos na vida dos trabalhadores, nos manteremos firmes para a realocação de todos os rodoviários”, afirmou Glauco da Costa, presidente do Sindicato dos Rodoviários.

O sindicato disse que está buscando soluções para a manutenção dos empregos dos trabalhadores rodoviários bem como a recolocação dos funcionários afetados pela retirada da Cascatinha, sem que haja nenhum tipo de perda de direitos estabelecidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), nem por meio da Convenção Coletiva. O anúncio das mudanças também pegou os rodoviários de surpresa.

Apesar das expectativas, a entidade considerou que a reunião não trouxe avanços significativos, visto que não houve apresentação de nenhum plano de ação a favor dos trabalhadores, bem como nenhum tipo de garantia com relação a recolocação profissional dos rodoviários, fato que anteriormente havia sido apalavrado. Um novo encontro foi agendado para o dia 7 de junho, na esperança de obter progressos concretos.

“Entendemos que a empresa Cascatinha não vinha operando de forma adequada em Petrópolis, mas ao estabelecer o decreto de suspensão da operação, o prefeito Rubens Bomtempo e toda a sua equipe não levaram em consideração que existiam outras alternativas legais que não iriam prejudicar de forma tão avassaladora a vida dos trabalhadores rodoviários”, pontuou Glauco.

Enquanto isso, o Sind. Rodoviários se comprometeu a auxiliar os trabalhadores na elaboração de currículos, que serão encaminhados às empresas que assumiram as linhas anteriormente operadas pela Cascatinha. O objetivo é tentar minimizar os impactos negativos desta transição.

No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a Cascatinha já sofreu duas derrotas. A primeira, ainda na semana passada, em um mandado de segurança. Nesta sexta-feira (24), o desembargador Edson Aguiar de Vasconcelos também negou uma petição da empresa em outro processo, este que questionava uma decisão da 4ª Vara Cível.

No caso deste segundo processo, já havia um acórdão em que discordava da decisão da Justiça local, que determinou a retirada da empresa. Neste argumento, a Cascatinha tentou também derrubar os decretos da Prefeitura, mas o desembargador entendeu que o pedido da empresa extrapolava o que era pedido no processo.

A Tribuna de Petrópolis aguarda retorno da Cascatinha e da Prefeitura.

Últimas