Rússia nega que Ucrânia tenha matado comandante de frota russa na Crimeia

26/09/2023 16:45
Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

O ministério da Defesa da Rússia divulgou, nesta terça-feira, 26, imagens do comandante da Frota do Mar Negro durante uma reunião, para desmentir a alegação da Ucrânia de que o almirante Viktor Sokolov morreu na semana passada em um bombardeio na Crimeia.

Nas imagens, o almirante Sokolov aparece de uniforme militar durante uma reunião por videoconferência presidida pelo ministro da Defesa, Serguei Shoigu. Um comunicado, que não menciona o militar por seu nome, afirma que a reunião aconteceu nesta terça-feira.

A Ucrânia bombardeou com mísseis na sexta-feira, 22, a base da frota russa do Mar Negro em Sebastopol, na península anexada da Crimeia. O exército ucraniano afirmou na segunda-feira, 25, que o ataque matou mais de 30 militares, incluindo Sokolov.

Como resposta, as Forças de Operações Especiais do Exército da Ucrânia insistiram que suas fontes colocam o comandante entre os 34 militares russos que teriam morrido no ataque com mísseis lançados na sexta-feira. “Como os russos foram obrigados a publicar urgentemente uma reação com Sokolov aparentemente vivo, os nossos investigadores estão esclarecendo a informação”, destacou a nota ucraniana.

De acordo com a Ucrânia, muitos dos soldados russos que morreram no ataque ao Estado-Maior da Frota do Mar Negro em Sebastopol, não puderam ser identificados devido ao estado em que os seus corpos foram encontrados.

“As fontes disponíveis asseguram que entre os mortos está o comandante da Frota do Mar Negro da Federação Russa”, reiterou anota publicada pela conta oficial do Telegram das Forças de Operações Especiais ucranianas.

No dia do bombardeio, a Rússia informou em um primeiro momento que o ataque deixou um morto, mas pouco depois retificou a afirmação e anunciou que um militar estava desaparecido. O bombardeio contra o quartel-general da frota russa no Mar Negro foi um duro golpe para Moscou, que sofreu recentemente vários ataques contra o porto de Sebastopol. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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