Rússia registra recorde de mortes diárias por covid-19 pelo 3º dia consecutivo

14/08/2021 14:12
Por Estadão

Com 819 novas vítimas registradas, a Rússia atingiu neste sábado, 14, seu recorde de mortes diárias por covid-19 pelo terceiro dia consecutivo. A marca é batida um dia após o departamento de saúde de Moscou, capital do país, ter informado que julho foi o mês com o maior número de óbitos desde o início da pandemia. As mortes diárias por coronavírus na Rússia estão aumentando depois que as infecções atingiram o pico em julho. As autoridades do país culpam a infecciosa variante Delta e uma baixa taxa de vacinação.

Moscou disse na noite desta sexta-feira, 13, que a taxa de mortalidade na cidade em julho foi 70% maior do que antes da pandemia, em 2019, e 60% maior do que no mesmo mês do ano passado. Foram notificadas um total de 17.237 mortes por covid-19 em Moscou no mês de julho, o que representa o maior número mensal de mortes na capital desde o início da pandemia. A maioria das mortes em excesso foi causada pelo surto de coronavírus, apontou o departamento de saúde de Moscou.

“A dinâmica está ligada ao aumento acentuado de infecções devido à disseminação de uma nova cepa do coronavírus em junho, bem como ao clima anormalmente quente na cidade nos últimos meses”, disse o departamento, acrescentando que as altas temperaturas fizeram os pacientes de covid-19 se sentirem ainda piores.

Ao todo, o número oficial de mortes por coronavírus na Rússia é de 169.683, mas pode haver subnotificação. A Rosstat, agência de estatísticas russa, mantém uma contagem separada da força-tarefa da pandemia e diz que registrou cerca de 315 mil mortes relacionadas à covid-19 entre abril de 2020 e junho deste ano. Alguns epidemiologistas dizem que o excesso de mortes é a melhor maneira de medir o número real de mortes da covid-19.

A Rússia relatou 22.144 novas infecções por coronavírus neste sábado, segundo balanço diário divulgado pelo centro de crise do governo russo. Já o número de casos diários até o momento diminuiu em agosto, após o pico de julho. (Com agências internacionais)

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