Sabedoria oriental III

08/01/2018 12:00

"Ter suficiente domínio sobre si mesmo para julgar os outros em comparação consigo e agir em relação a eles como nós gostaríamos que eles agissem para conosco é o que se pode chamar a doutrina da humanidade. Um coração misericordioso e compassivo é o princípio da humanidade; o sentimento da vergonha e da aversão é o princípio da equidade e da justiça; o sentimento da abnegação e da cortesia é o princípio do convívio social; o sentimento do verdadeiro e do falso ou do justo e injusto é o princípio da sabedoria. Os homens têm estes quatro princípios, do mesmo modo que têm quatro membros." – Confúcio. Um dos maiores sábios chineses, Confúcio representa muito bem a sabedoria oriental. Foi um pensador e filósofo chinês que tinha por base ideológica a utilização da ética pela sociedade, através da qual procurava recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época (cenário que até hoje se repete). Expressou o conhecido princípio, "não faças aos outros o que não queres que façam a ti", uma das versões mais antigas da ética da reciprocidade. Uma das vertentes, ou se preferirem, segmentos da sabedoria oriental, o Feng Shui é um termo de origem chinesa, cuja tradução literal é vento e água. Sua pronúncia correta em mandarim é "fân shuei". Para dar um melhor entendimento da matéria, solicitei a contribuição da minha filha Patricia, estudiosa da matéria, que procurará a partir deste ponto transmitir sinteticamente o seu conhecimento. Os chineses são sábios na percepção das forças da natureza e em seus benefícios na vida dos seres humanos, atribuindo o sucesso e o fracasso nem tanto às ações humanas, mas aos efeitos dessas misteriosas forças em nossos campos energéticos. Na China, há milênios atrás, para representar o céu (círculo) na terra (quadrado) foi colocada a figura de um quadrado dentro de um círculo, originando a figura do octógono, um quadrado sem pontas, definido por Lao Tsé como a representação do céu na terra. A forma com a qual venho aplicando o feng shui em minha vida, se resume à harmonização do fluxo da energia vital, ou Chi, dentro de meu lar. Uma espécie de acupuntura nos campos de energia dos ambientes. Abordarei apenas a forma de aplicação do baguá (8 lados em chinês) como técnica para favorecer o fluxo saudável dessa energia por entre os meridianos de uma casa. No baguá estão representados os 5 elementos naturais, de acordo com a sabedoria chinesa: água, terra, fogo, madeira e metal. Cada elemento, em seu fluxo natural, favorece o próximo: água alimenta madeira que alimenta fogo que alimenta metal que alimenta água. A terra se encontra no centro, representa a saúde e está interligada aos demais meridianos. Entre esses meridianos principais se encontram os meridianos de transição, totalizando 8 aspectos a estarem harmonizados na vida humana: trabalho, espiritualidade, família, prosperidade, sucesso, relacionamentos, criatividade e apoio de amigos. Para cada elemento existem cores, objetos e formas de se potencializar ou suavizar a energia, conforme as necessidades específicas de cada pessoa. Mas o feng shui é muito mais abrangente do que a harmonização de um ambiente. Na China é aplicado desde a escolha do terreno para construção de uma casa ou edifício, sua disposição no terreno, a observância da natureza ao redor, das ruas que o circundam, enfim, são inúmeras suas aplicações. Coloco-me à disposição para contato por e-mail visto o espaço aqui ser limitado para um assunto tão abrangente. No próximo artigo serão descritas a prática da meditação e aplicação do feng shui.

achugueney@gmail.com e hugueney.patricia@gmail.com

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