Você sabia que existem bancos financiados pelo Ministério da Saúde e coordenados pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), que colhem e armazenam o sangue do cordão umbilical e placentário (SCUP), rico em células tronco? Essa amostra fica disponível em um cadastro nacional para atender pacientes que precisem de um transplante de medula óssea. A doação em banco público não custa nada para quem doa, e nem para quem recebe.
Mas por que o SCUP é importante? Porque esse sangue, encontrado no interior do cordão umbilical, é rico em células-tronco hematopoéticas. Essas células são capazes de produzir os elementos do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) essenciais para o transplante de medula óssea.
Assim como o princípio de qualquer outra doação, a opção de doar o sangue do cordão também deve ser voluntária. Existem as opções de doação para banco público, onde o material pode ser utilizado por qualquer paciente que necessite de um transplante. Também pode ser feita a modalidade de doação familiar direcionada, onde o sangue pode ser utilizado em benefício de um irmão doente que precise do transplante. Nesse caso, é a mãe do bebê que autoriza.
Doar para um Banco público ajuda a aumentar as chances de compatibilidade de pacientes que não possuem doadores com grau de parentesco. Além disso, as células ficam disponíveis imediatamente após o congelamento e registro na rede BrasilCord, sem haver a necessidade de submeter o doador à retirada da medula óssea. Outra vantagem é que não é necessária a compatibilidade total entre o sangue de cordão e o paciente. Apenas a compatibilidade parcial é suficiente para o transplante.
As mães que tiverem interesse em doar o SCUP do recém-nascido devem procurar o banco da BrasilCord mais próximo para entrevista. Existem critérios específicos que devem ser levados em conta, como: ter entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, doenças neoplásicas (câncer) e/ou hematológicas (anemias hereditárias, por exemplo).
Atualmente existem no Brasil 13 bancos públicos de sangue do cordão umbilical da rede BrasilCord que diversificam o material genético disponível para transplantes e facilitam a localização dos doadores em todo o território nacional. São quatro bancos em São Paulo (dois na cidade de São Paulo, um em Campinas e um em Ribeirão Preto), um na cidade do Rio de Janeiro (no INCA), um no Distrito Federal (Brasília), um em Santa Catarina (Florianópolis), um no Rio Grande do Sul (Porto Alegre), um no Ceará (Fortaleza), um no Pará (Belém), um em Pernambuco (Recife), um no Paraná (Curitiba) e um em Minas Gerais (Lagoa Santa).
Saiba mais sobre a Rede BrasilCord e a doação de sangue do cordão umbilical. Acesse o site do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), clicando aqui.