Santos encaminha acordo de venda de naming rights da Vila Belmiro por R$ 150 milhões
O Santos encaminhou acordo de venda de naming rights do estádio Urbano Caldeira, conhecido como Vila Belmiro. O anúncio foi realizado pelo presidente Marcelo Teixeira em reunião do Conselho Deliberativo santista, ocorrida nesta segunda-feira. As conversas já acontecem há semanas. Os valores da parceria giram na casa de R$ 150 milhões. No total, a parceira deterá os direitos sobre o nome do estádio por 10 anos.
O acordo ainda não foi assinado, mas a oficialização deve ocorrer já nesta quarta-feira, em entrevista coletiva do presidente. O nome da parceira é tratado como uma “informação sigilosa” dentro do clube, segundo apurou o Estadão. Fontes ouvidas pela reportagem a classificam como uma “empresa de grande porte”.
Segundo o portal ge, se trata da Viva Sorte, empresa de capitalização. Com isso, a Vila Belmiro passaria a se chamar “Vila Viva Sorte”. A mesma empresa já havia fechado acordo com o São Paulo na última sexta-feira. O contrato entre Viva Sorte e o clube tricolor vai até 2026, os valores da parceria não foram divulgados.
O valor milionário fechado é próximo das cifras recebidas por outros clubes paulistas pelos seus naming rights. Corinthians e Palmeiras, com acordos com Hypera Farma e Allianz, respectivamente, recebem os mesmos R$ 15 milhões anuais – o contrato total é de R$ 300 milhões por 20 anos. Com a maior venda de direitos entre os quatro grandes de São Paulo, o São Paulo Futebol Clube, que nomeou o Estádio do Morumbi de MorumBis após fechar parceria com a Mondeléz, recebe R$ 25 milhões ao ano – ao todo, R$ 75 milhões por três anos.
A venda dos naming rights acontece independentemente da construção do novo estádio do clube. Em setembro de 2023, ainda na gestão do presidente Andrés Rueda, o Santos assinou um Memorando de Entendimento com a WTorre para construir sua nova arena, com capacidade para receber 35 mil torcedores, muito superior ao limite atual, que é de 16 mil. A assinatura liberou o início dos processos para a regularização do projeto e captação de verbas para as obras.
Marcelo Teixeira entende que o naming rights é um importante passo para tornar a construção da nova arena realidade. Mesmo que a nova casa do clube seja erguida no local da Vila, o acordo com a Viva Sorte não será quebrado.