São José e os operários

03/05/2018 08:35

Não obstante a exortação apostólica intitulada “Redemptoris Custos” tenha sido publicada há 29 anos, durante o pontificado do Papa João Paulo II, dando ênfase à figura e à missão de São José na vida de Cristo e da Igreja, ela permanece viva e atual. Esse documento pontifício teve como fio condutor a veneração ao glorioso São José, a quem foi confiada a guarda do Filho de Deus e que continuará por toda eternidade a preservar o corpo místico da Igreja. 

São José serviu de forma modelar ao Redentor do mundo. Maria respondeu ao Anjo Gabriel e o seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem hesitações, foi fundamental. E São José disse “sim” ao Anjo enviado pelo Pai dos céus recebendo-a por esposa, como pontifica Mateus no cap. 1, vers. 24 das Sagradas Escrituras. A obediência e a fé uniu a Sagrada Família iniciando-se pela concepção virginal de Maria, dando ao Divino Filho o nome de Jesus, tendo cumprido inclusive a circuncisão, oito dias após seu nascimento conforme a lei judaica apresentando-o ao Templo, quando foi abençoado por Simeão e Ana, seguindo-se a fuga para o Egito, por isso que veneramos a doce Mãe dos Céus sob o título de Nossa Senhora do Desterro e ainda o encontro de Jesus com os Doutores. Viveu e fez história, tão cheia de riscos, incertezas e perseguições. 

E São José humilde operário, fazia de seu trabalho a mais bela oração, educou o Menino Deus, prestou-lhe toda assistência moral e material junto à Mãe dos Céus na Cidade de Nazaré e ali Jesus crescia em graça e sabedoria. São José, orante e vigilante foi presente, atento e zeloso à vida de Jesus em todos os momentos de Sua vida, até Sua morte na cruz. São José aceitou os desígnios de Deus recebendo Maria em matrimônio, bem assim a paternidade de Cristo, Redentor da humanidade. São José, o justo, trabalhador a honrar junto à Maria seu mister de pai e mestre, mesmo no período em que Jesus preparava-se para o ministério público, ocultando-se de contatos com a população. 

São José e a doce Mãe estiveram a seu lado. Em Mateus 1, 19 e Lucas 2,51-52 dentre outros momentos, as Sagradas Escrituras nos revelam o papel preponderante do querido Patriarca São José é Padroeiro dos Operários, por isso é reverenciado também em 1º de maio. São José em nome da Família brasileira e, por extensão, universal, na humildade de minhas palavras limitadas e desprovidas da beleza, mas que brotam do fundo de meu coração receba nossa gratidão. Que elas cheguem como prece sob vossa intercessão a doce Mãe e ao Divino Filho não somente para mim, indigno servo, mas em favor de toda humanidade. São José um rosário de amor. Dobrem-se o sol e a lua àquele que entendeu a mais nobre expressão do “fiat” na jornada do Divino Verbo, uno e trino, o Deus vivo e nosso Senhor.

E sob o pálio de Maria, a doce Mãe Santíssima esposa Vossa, em nossas tribulações recorremos a vós São José, volvei o olhar benigno sobre nós, herdeiros de Cristo através do abraço à cruz. Afastai para longe de nós o pecado do corpo e da alma e os vícios, sejam eles quais forem. Guardai-nos sob vosso manto como defendestes Jesus quando ameaçado. Defendei vossa Igreja, da qual sois Patrono Universal, amparai-nos, a fim de que vivamos as virtudes que marcaram vossa santa vida e que sejamos alvos de bênçãos de vossa assistência na hora derradeira a que obtenhamos o céu e a eterna bem-aventurança. São José das mãos calejadas sustentou honradamente sua família e é representado pelos pais em seus lares.

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