Saúde alerta para riscos de doenças com inundações
Junto com as inundações, provocadas pelas chuvas de verão, chegam outros problemas, que podem ser bastante graves. Além do caos no trânsito, dos deslizamentos e outros, o contato com a água contaminada pode provocar doenças que, se não forem cuidadas adequadamente, podem levar à morte. Por conta disso, a Secretaria de Saúde, realizará hoje duas campanhas de conscientização e imunização.
Entre as doenças mais comuns, decorrentes do contato com água e lama das enchentes, está a leptospirose, doença infecciosa transmitida ao homem principalmente pela urina de roedores. Entre os sintomas, estão dores no corpo, dor acentuada na batata da perna, febre alta e indisposição. No ano passado, foram registrados nove casos de leptospirose na cidade, nenhum óbito.
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Também podem acontecer casos de infecção por hepatite tipo A, por conta da contaminação de água e de alimentos. Os sintomas mais comuns são fadiga, náusea, vômitos, perda de apetite e desconforto abdominal. Tanto para a leptospirose, quanto para a hepatite A, não existem vacinas, e a prevenção se dá pelos cuidados que devem ser tomados.
Apesar de serem as mais conhecidas, outras doenças também podem aparecer, se a pessoa estiver em contato com a água suja. O ideal é evitar ao máximo o contato com a água e se não for possível, o indicado é usar botas e luvas de borracha para minimizar o risco de contaminação.
Ações de conscientização
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Ambiental, distribuirá, hoje, materiais informativos sobre como se prevenir em relação às doenças, sintomas e como proceder na limpeza de casas, caixas d’água, alimentos e demais orientações.
A ação será em Corrêas, um dos principais pontos onde foram registrados alagamentos ocasionados pelas chuvas de quinta-feira. A equipe também prestará esclarecimentos acerca do surgimento de animais peçonhentos, comuns durante este tipo de intercorrência.
A Secretaria de Saúde também realizará uma ação de imunização, contra o tétano, doença infecciosa grave, não contagiosa, causada por toxina produzida pela bactéria clostridium tetani. Esta bactéria é encontrada nas fezes de animais e seres humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham lesões na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais etc.) pelas quais o microorganismo possa penetrar.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Manhães, a equipe estará no CRAS Corrêas (Rua Viagário Corrêa, 433), das 8h às 13h, para vacinar quem ainda não está imunizado contra a doença. A vacina contra o tétano tem duração de 10 anos. Também participam da ação profissionais da Atenção Básica e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) para prestar orientações e fazer acolhimento dos moradores afetados pelas chuvas.