Saúde confirma duas mortes por H1N1 e prorroga campanha de vacinação
A Secretaria de Saúde de Petrópolis confirmou a morte de duas pessoas vítimas do vírus H1N1, neste ano. De acordo com o município, outros 29 casos suspeitos de influenza foram registrados, dos quais 21 foram descartados para o vírus H1N1 e seis ainda aguardam resultados. Seguindo a tendência do estado, em que a adesão à campanha contra a gripe foi abaixo do esperado, 40% do público-alvo que ainda não foi imunizado na Cidade Imperial terá mais 15 dias para receber a dose da vacina.
O último levantamento da Coordenadoria de Epidemiologia aponta que apenas 46% das crianças foram vacinadas até o momento. O baixo índice de imunização tem contribuído para o surgimento de casos na cidade. Entre os demais grupos de risco, a vacinação também tem sido baixa. Entre as gestantes, 52% foi imunizado; dos pacientes com doenças crônicas, apenas 53%; o grupo de idosos alcançou 67%. O índice mais alto de vacinação entre os grupos prioritários foi identificado entre as mulheres que estão nos primeiros 45 dias do parto, em que o índice chega a 72%.
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A vacina influenza trivalente imuniza a população contra os dois tipos de influenza A (H1N1 e H3N2) e um tipo de influenza B. “É de extrema importância que a população se conscientize e compareça aos postos de vacinação, principalmente para vacinar as crianças e idosos, que são no grupo prioritário, os de maior risco. A vacina evita o agravamento das doenças respiratórias”, destaca a secretária de Saúde, Fabíola Heck. O município disponibilizou, desde o dia 10 de abril, 35 unidades para a aplicação da vacina contra a gripe, mas a busca da população pelo tratamento preventivo tem sido baixa.
A campanha, que terminaria nesta sexta-feira (31), será estendida até 15 de junho. O calendário é o mesmo definido pela Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com a Superintendência de Vigilância Epidemiológica do estado, 77 casos de influenza foram identificados, sendo 18 com morte. No ano anterior, foram confirmados 233 casos e 30 óbitos.
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Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o estado do Rio registrou a menor cobertura vacinal entre todas as unidades da federação – a única com menos de 60% do público-alvo alcançado. Ao todo, 2,6 milhões de pessoas receberam a dose, equivalente a 54,5% da meta.
Agora, com a prorrogação da campanha, o objetivo da Secretaria de Saúde é de ampliar o percentual para 90% – ou seja, 4,9 milhões de pessoas.
Público-alvo
Segundo a Secretaria de Saúde, o público-alvo inclui crianças de seis meses a menores de seis anos de idade (cinco anos, 11 meses e 29 dias), além de idosos, gestantes e mães com até 45 dias após o parto. A dose também está disponível a adolescentes e jovens, de 12 a 21 anos, sob medida socioeducativa e população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições especiais, independente da idade.
Também podem tomar a vacina vacinar os professores das escolas públicas e privadas, policiais civis e militares, bombeiros e membros ativos da Forças Armadas.