01/03/2021 14:45
Por Elias Montes

Como policial veterano, aprendi que nos momentos mais críticos de risco a morte, (acidentes, sequestros, doenças…), quando o controle da situação não é mais nosso e nos encontramos ávidos por socorro, o estado psicológico do paciente (vítima) é de extrema vulnerabilidade.

Todas as “barreiras” psicológicas desaparecem.

E o socorro é o mais importante alento nesse momento.

Aquele que chega para “nos tirar” dessa condição de impotência passa a ter uma enorme capacidade de nos marcar profundamente. Para o bem ou para o mal, conforme a qualidade do socorro.

Jamais esquecerei o olhar daqueles que viram em mim a salvação!
Vi e vivi isso muitas vezes em minha carreira como o agente que socorre. E sou grato a Deus por ter compreendido essa dinâmica ainda bem no início da carreira.

Mas vivi o outro lado, como paciente enfermo, dependente do médico e sua equipe fazerem seu trabalho bem feito para eu poder retornar aos que amo.
Nesse momento fica muito claro nossa fragilidade e damos uma imensa importância ao tratamento a nós dispensado.

Contei essa história para trazer a mente como nos sentimos ao entrarmos sobre uma maca em um hospital.

O quanto queremos ser bem atendidos ou esperamos que nossos filhos sejam cuidados…

Não é por acaso que sete a cada dez pessoas vêem a saúde como prioridade na administração.

Mas infelizmente a saúde, que detém o maior orçamento do município, não anda como deveria.

Longe disso!

Trago aqui a matéria oriunda da fiscalização feita pelo Vereador de Petrópolis Eduardo do Blog sobre fiscalização feita no hospital Alcides Carneiro, veiculada no Facebook do parlamentar.

É revoltante ver as pessimas condições da cozinha. Um verdadeiro celeiro de contaminação!

Piso deteriorado e molhado, teto mofado e soltando partes do acabamento…
Equipamentos empilhados ao relento se deteriorando.

Triste!

A pergunta que fica é:

Até quando teremos nossos hospitais sucateados?

Até quando os profissionais da saúde terão que lutar por nossas vidas sem as mínimas condições necessárias?

Até quando veremos a constatação do mau uso do dinheiro público?

O desperdício que ceifa vidas e destrói sonhos?

Essas respostas serão dadas por cada um de nós cidadãos petropolitanos.
Hoje, dando voz aos homens e mulheres que nos representam e cumprem seu papel pelo mandato.
Amanhã, exercendo o direito do voto consciente.

Que o bom Deus nos dê sabedoria e resiliência para continuarmos lutando por um mundo melhor.

A começar pela Petrópolis que merecemos.

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