Seeduc de Petrópolis completa cinco meses às escuras

O prédio onde funciona a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) em Petrópolis está sem energia elétrica há cinco meses. Isso porque a conta de luz não foi paga pelo governo do Estado, o que motivou a concessionária de energia a realizar o corte no fim de janeiro. Desde então, dezenas de funcionários estão trabalhando às escuras.

Depois de mais de cinco meses sem o Estado tomar nenhuma providência, dois setores, entre eles a coordenação pedagógica da Seeduc, foram transferidos temporariamente para outros lugares, como o Colégio Rui Barbosa, no Alto da Serra, e o Colégio Cardoso Fontes, que fica ao lado da regional da Educação.

Enquanto a luz não volta, o jeito foi improvisar. Os funcionários estão tendo que trabalhar do lado de fora em dias sem chuva para que possam enxergar os processos e toda a papelada. “O cidadão chega aqui com um processo e a gente tem que mandar ele tirar xerox em outro lugar porque aqui não tem luz. Ele ainda sai chateado. Isso é um transtorno. Já passou dos limites”, disse uma das funcionárias. Quando chove ou faz muito frio, a situação é ainda pior. “Tem dia que desce uma neblina que a gente não vê nada aqui. Aí não tem como trabalhar”, completou. 

O problema com o corte de energia está diretamente relacionado à Empresa de Obras Públicas do Estado, a Emop. O governo do Estado do Rio deixou de pagar, pelo menos, R$ 45 milhões em contas de luz às empresas Light e Ampla. Ao todo, doze prédios da Emop tiveram a energia cortada. Entre eles está o de Petrópolis, que fica no mesmo terreno da Seeduc.

A Tribuna questionou o Governo do Estado sobre a situação e perguntou se há uma previsão para normalizar o abastecimento de energia. No entanto, até o fechamento desta reportagem não obtivemos nenhuma resposta.

A regional da Seeduc de Petrópolis fica na Rua Bingen, ao lado do Colégio Estadual Cardoso Fontes.