Sem acordo: greve dos bancários continua
Na tarde de ontem foi rejeitada novamente a proposta de negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião aconteceu em São Paulo e, desta vez, foi oferecido aos bancários o reajuste de 7% nos salários e o abono de R$ 3.300 mil. Uma nova rodada de negociações está marcada para a próxima terça-feira (13). O Sindicato dos Bancários de Petrópolis (SindBancários) estará em assembleia na próxima segunda-feira (12), às 14h, para discutir as estratégias de paralisação da semana.
De acordo com o presidente do SindBancários, Marcos Alvarenga, a rodada de negociações começou ontem às 11h e após um intervalo a assembleia retornou às 15h. “A proposta continua a 2,7% abaixo da inflação. O comando dos bancários avaliou e recusou ainda na mesa de negociações”, esclarece.
Greve terá, pelo menos, mais três dias
A greve dos bancários completou três dias ontem e caso a nova proposta da Fenaban seja aprovada pelo comando dos bancários ela deve durar pelo menos até quarta-feira (14). “Com a rodada de negociação marcada para o dia 13 a greve continua. No melhor dos cenários, se houver uma proposta aceitável na data, a assembleia será marcada para a noite do dia 14. No entanto, isso é apenas uma hipótese. A greve é por tempo indeterminado e queremos uma negociação justa. Enquanto não tiver uma proposta descente a greve vai continuar”, declara Alvarenga.
Neste período os bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa econômica Federal terão os serviços internos paralisados. Já os bancos privados – Bradesco, Santander e Itaú – operam em esquema de rodízio, que depende da adesão dos bancários para o fechamento. Dessa forma, não é possível informar com antecedência qual banco será paralisado e a decisão é tomada sempre pela manhã.
Ontem, aproximadamente 430 bancários aderiram ao protesto que aumentou no decorrer da semana. “Estamos com uma adesão maior do bancário a cada dia e ontem foi o dia que mais pararam as agências”, pontuou Alvarenga, que ainda disse que, na data, 22 agências foram paralisadas, sendo 12 do Itaú, seis do Banco do Brasil e quatro da Caixa.
Os bancários reivindicam o reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vale-alimentação, refeição, décimo terceiro, cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.