Sem acordo, greve dos bancários continua

28/09/2016 09:00

A greve dos bancários continua nesta quarta-feira. Isso porque bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não chegaram a um acordo na reunião que aconteceu ontem, em São Paulo. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis (Sindbancários), Marcos Alvarenga, a Federação apresentou ontem, durante a rodada de negociação com o Comando Nacional de Greve, uma proposta de um novo modelo de acordo, com validade de dois anos. Ou seja, a classe teria campanhas salariais, ano sim, ano não, porém não apresentou nenhum novo índice de reajuste. A reunião aconteceu em São Paulo e a previsão é que seja retomada hoje, às 15h, após a Fenaban se encontrar com os bancos para negociação. De acordo com Alvarenga, o comando reafirmou que a proposta deve contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de oportunidades e segurança. Além disso, cobra que é preciso que sejam registrados ganhos para a categoria. 

A greve dos bancários chega hoje ao 23º dia. Os bancos privados têm funcionado em sistema de rodízio. Ontem, em Petrópolis, ficaram fechadas sete agências do Bradesco, seis do Banco do Brasil e quatro da Caixa Econômica Federal (CEF). Ao todo foram 17 agências e 376 bancários paralisados. 

A última proposta feita pela Fenaban no dia 9 de setembro é de índice de reajuste de 7% mais R$ 3.300 de abono. Porém, os bancários pedem aumento de 14,7%, considerando o valor da inflação de 9,7% mais reajuste real de 5%. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis (Sindbancários), a classe espera que a Fenaban respeite seus funcionários e clientes e apresenta uma proposta decente e justa. “Se aceitarmos esse modelo ano que vem não terá negociação e, consequentemente, possibilidade de greve, tendo que negociar somente em setembro de 2018”, finalizou Alvarenga. 

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