Sem pacote econômico validado, comércio pode ter mais de 7 mil demissões

Para evitar demissões em massa e o fechamento das lojas, quem atua no comércio tenta sobreviver no mercado e aguardar as publicações de ações concretas dos governos Federal, Estadual e Municipal para socorrer o setor. Em Petrópolis, cerca de 25 mil pessoas trabalham no comércio e segundo o Sindicato do Comércio Varejista  (Sicomércio), 30% delas podem perder o emprego se as medidas não forem adotadas o mais rápido possível.

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“Essa é uma estimativa no pior cenário possível. Acredito que até o dia 15 seja possível segurar as demissões. Boa parte das empresas está aderindo às férias coletivas e já conseguimos com algums donos dos imóveis a isenção dos aluguéis e o Serra Shopping , por exemplo, isentou o condomínio do mês de abril”, disse o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini. 

Vendo o cenário mais negativo, Fiorini diz que serão cerca de 7,5 mil demissões no comércio em Petrópolis. O setor é um dos mais importantes da economia da cidade e há alguns anos já vem sofrendo queda nas vendas e fechamento de lojas devido às crises econômicas no país. Para evitar a falência do setor, o Sicomércio pede isenção de impostos e linhas de crédito para os empresários.

“A isenção do IPTU está sendo analisada pela Secretaria de Fazenda. Estão fazendo o estudo de impacto. Mas o mais importante é a disponibilização das linhas de crédito para socorrer as empresas e, assim, tentar manter os empregos”, ressaltou Fiorini.  As medidas valem enquanto durar a pandemia do Covid-19 e o fim das medidas de restrições do funcionamento do comércio. 

Desde o dia 23 de março, as lojas estão proibidas de abrir, com exceção dos serviços essenciais como supermercados e farmácias, por exemplo. Com as restrições ao funcionamento, alguns estabelecimentos já encerram as atividades. Na Rua Alencar Lima e Imperador, no Centro, já  é possível ver placas informando o aluguel de imóveis onde, antes das restrições, funcionavam as lojas.