Sem vacina pentavalente na rede pública, pais são obrigados a pagar pelas doses

28/08/2019 17:45

A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenza B, está em falta na rede pública de saúde de todo o país. Com remessas da pentavalente recolhidas por recomendação da Anvisa, o estoque baixo na rede pública atinge petropolitanos.

Segundo o Ministério da Saúde, os lotes mais recentes da vacina, recebidos do laboratório indiano Biologicals e Limeted India, foram reprovados no ensaio de aspectos realizado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. A empresa também apresentou resultado insatisfatório na inspeção de certificação de boas práticas de fabricação. Entre maio e julho deste ano, cinco lotes da vacina foram inutilizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Em Petrópolis, o servidor público Vinícius Baldini esteve, na semana passada, no Hospital Alcides Carneiro para vacinar a neta de 4 meses, mas pela falta da vacina pentavalente, foi aconselhado a procurar a rede particular. “Ela tomou a primeira dose com dois meses e teria que tomar a segunda no dia 17, quando ela completou quatro meses, mas eles escreveram no calendário de vacina ‘em falta’ e mandaram eu aplicar na rede particular. Porém, esta vacina particular ultrapassa o valor de 200 reais. Isso é um absurdo”, relatou Vinícius.

O fornecimento da vacina ainda não foi regularizado. O último lote, com 500 doses, foi entregue ao município em julho. A Secretaria de Saúde informou que aguarda o recebimento da vacina, cujo o abastecimento é feito pelo Ministério da Saúde. 

Para ofertar a pentavalente no calendário de vacinação do SUS, o Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma vez que não existe laboratório produtor no país. A vacina precisa ser ministrada para crianças em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. 

As pessoas que não conseguem a dose nas salas de vacina estão sendo orientadas a fazer contato com a Coordenadoria de Epidemiologia pelo telefone (24) 2233-2674 ou com a própria sala de vacinação, para ter informação sobre a disponibilização das doses.

O Ministério da Saúde informou, em nota, que mantém a distribuição de vacinas em todo o país e trabalha na regularização dos estoques quando há necessidade, em casos pontuais. Cabe esclarecer que a pasta envia as doses mensalmente aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios. Por fim, os municípios são responsáveis pela logística e abastecimento das salas de vacinação. 

Últimas