Sementes da vida

02/02/2017 13:25

Aproveito os fins de semana, sentado à sala de estar de nossa casa para vislumbrar belíssima área montanhosa, local onde estão situadas antenas e estações sob responsabilidade da aeronáutica, isto no bairro do Morin.
É hábito, logo após, acessar as mensagens recebidas na véspera sendo que uma delas, no último domingo, me chamou atenção em razão do importante conteúdo que encerra: praticar o que todos deveriam fazê-lo, ou seja, atos de solidariedade e de gratidão para com o próximo.
Para mim, as atitudes em causa não constituem novidade, já que as incorporei à minha vida desde moço e nunca me arrependi pela decisão que fiz adotar, lastreado, certamente, na formação que recebi de meus pais.
As tenho praticado ao longo da vida, contudo, ao levá-las a cabo nunca esperei qualquer tipo de retribuição, aliás, dentro da lição do poeta: “não distribua favores, / visando compensação, / que ao dia do benefício, / se segue o da ingratidão”.
É a grande verdade; faz-se por fazer sem ver a quem e sem nada esperar de volta.
Esses comportamentos, tenho plena consciência, são os melhores “remédios” para a nossa saúde e bem estar, eis que recompõem as forças, a vontade de viver e de contribuir mais e mais em prol daqueles que necessitam de ajuda.
Ao mesmo tempo, o domingo, dia do almoço semanal, quando nos reunimos com toda família, aproveito a manhã, também, para me dedicar à leitura.
A tal propósito, recebi de um caríssimo amigo, sabedor que aprecio trovas, sem todavia, não possuir o dom de escrevê-las, mas sabendo, entretanto, penetrar no âmago de emocionantes mensagens que guardam.
E sobre o tema que escolhi para escrever, através destas modestas linhas, elegi, outrossim, algumas trovas do livreto “Orvalho de Luz”, todas mediúnicas, de trovadores diversos, psicografadas por Francisco Cândido Xavier, tais como:
“Sábio que vive encoberto, / sem dar das luzes que tem: / tamareira no deserto quando serve a ninguém”. (Leôncio Correia).
“Por lei celeste possuis / aquilo em que te desdobras. Cada pessoa na vida / descende das próprias obras”. (Chiquito de Moraes).
“Auxílio nos guarda a vida / nas dádivas mais singelas; merecimentos nos vem/ do que fazemos com elas”. (Eugênio Rubião).
“Quem dá para receber, / quem no que dá põe valia, / não favorece, nem dá, / tão somente negocia”. (Sabino Batista).
Para concluir:
“Quem do palácio faustoso / aos pobres humilha e arrasa, renascerá de futuro/ no quintal da própria casa”. (Casemiro Cunha).
Plantemos, pois, as “sementes da vida” na certeza de que somente colheremos bem-aventuranças”.

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