Serratec inicia aulas de qualificação profissional de olho no mercado de tecnologia

09/09/2019 15:00

Uma cerimônia nesta segunda-feira (9) marcou o início das aulas do Programa de Residência em Software realizado pelo Serratec. Setenta e dois alunos passarão por treinamentos para a capacitação no desenvolvimento web e de softwares. A ação é um dos pilares da iniciativa empresarial para a melhoria do ambiente de negócios através da capacitação de trabalhadores e desenvolvimento do setor de Tecnologia da Informação na Região Serrana. Firjan, LNCC, Faeterj, Governo do Estado do Rio e prefeitura de Petrópolis são parceiros da ação.

Ao fim do curso, os profissionais vão suprir a carência das empresas de tecnologia permitindo a ampliação do setor e a realização de novos negócios. “Empresas já manifestaram interesse na mudança para a Serra do Rio, porém a falta de trabalhadores especializados nestas competências é um entrave momentâneo. Futuramente teremos novos empreendimentos se estabelecendo aqui criando empregos e gerando renda para uma variada cadeia de negócios”, comemora o presidente do Serratec, Marcelo Carius.

O presidente da Firjan Serrana, Júlio Talon, comemorou o momento especial: “O esforço de todos os órgãos é a receita para o sucesso deste projeto. É uma iniciativa que vai trazer movimentação econômica para a região, gerar empregos e o desenvolvimento intelectual das pessoas”, enfatiza Talon.

A formação será dividida em etapas: após uma qualificação de 260 horas em programação web, os estudantes serão divididos em três grupos que terão formação complementar com mais 180 horas em linguagens específicas: JavaScript, Xamarin e Angular. Ao fim do curso os profissionais terão recebido 440 horas de conteúdo certificados pela Firjan SENAI. As aulas ocorrerão em regime integral nas instalações da Faeterj, no Quitandinha.

O modelo é similar ao adotado nas faculdades de medicina, onde há imersão dos alunos nas empresas, possibilitando que eles tenham conhecimento teórico e prático, solucionem problemas reais e adquiram experiência profissional ainda durante a formação.

Para nivelar os alunos em um conteúdo básico, o programa será composto com aulas de inglês, português, matemática e introdução a algoritmos. Depois serão abordados conhecimentos específicos como ciência da computação, desenvolvimento de software e tecnologia da informação. Na busca pela melhor performance, os estudantes passarão por sessões de mentoria e coaching. 

“Estamos caminhando na contramão da crise e com passos firmes para o desenvolvimento econômico das cidades. O início deste projeto-piloto é algo para ser comemorado e seguido por outros setores. Aqui estamos pensando na melhoria do ambiente de negócios e no desenvolvimento do setor que só tende a crescer”, explica o empresário e representante do Sinditec (Sindicato da Indústria Eletrônica, de Informática, de Telecomunicações, de Produção de Software, de Produção de Hardware, de Produção de Produtos Eletroeletrônicos e Componentes no Estado do Rio de Janeiro), Luiz Antônio Daud.

Cerca de 700 alunos se inscreveram no processo seletivo. Uma prova teórica testou os conhecimentos dos candidatos em áreas como matemática, português, lógica e conhecimentos básicos de algoritmos. Ao final, 130 pessoas foram selecionadas para a fase de entrevistas e 72 selecionados para o projeto que deverá durar 4 meses.

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Todo o projeto tem o apoio institucional do Governo do Estado do Rio e das prefeituras das cidades serranas. “Há um enorme interesse de que o interior do Rio se desenvolva e o Governo do Estado vem atuando para criar essas oportunidades. Continuaremos apoiando iniciativas como esta”, diz a subsecretária de Captação de Recursos e Projetos da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luana Abreu.

A meta é que Teresópolis e Nova Friburgo também recebam o programa de Residência de Software no ano que vem. A proposta é que 140 vagas sejam criadas por ano em cada uma das cidades. As aulas deverão ter início no primeiro semestre de 2020. “Ao fim de três anos teremos mais de 600 profissionais capacitados para atender a demanda das empresas de tecnologia do interior do Rio. Esses jovens sairão daqui especializados nas linguagens mais atuais e estarão preparados para trabalhar em qualquer lugar do mundo”, destaca Carius.

O Serratec conta atualmente com 170 empresas com cerca de 3 mil funcionários e uma movimentação de R$ 550 milhões/ano. As metas até 2021 são para a criação de mais 10 empresas, 360 postos de trabalho e, faturamento de R$ 715 milhões.

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O movimento de fortalecimento do setor de tecnologia e inovação na Região Serrana pretende estimular o crescimento econômico através de três pilares: formação  profissional; infraestrutura para as cidades, diminuindo os impactos para a chegada de novos empreendimentos; e geração de negócios. 

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