Serviço de castração de animais será retomado no mês de julho
A aquisição de um castramóvel do município ainda não tem previsão para acontecer. O ônibus que foi reformado no fim do ano passado, e que seria adaptado para prestar o serviço, corre o risco de ser penhorado, por conta de dívidas da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Enquanto aguarda uma nova verba vinda do Governo Federal para a aquisição de um novo veículo, a Prefeitura afirmou nesta semana que uma empresa terceirizada foi contratada para fazer as castrações a partir de julho.
Em dezembro, a prefeitura anunciou a reforma de um ônibus, em parceria com fornecedores privados, que seria adaptado para oferecer o serviço de castração. O ônibus era utilizado pela Guarda Civil, mas estava parado desde 2015. Com a reforma, ele seria redirecionado para a Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP) e possibilitaria um castramóvel do município para atender diretamente nos bairros. Na ocasião, a prefeitura informou que o orçamento para conserto do ônibus, feito em 2016 pela Guarda Civil, era estimado em R$ 20 mil.
Segundo a prefeitura, com o risco da penhora, a prefeitura aguarda a liberação de recursos federais, fruto de uma emenda parlamentar, no valor de R$ 150 mil, para aquisição e adaptação de um trailer que vai funcionar como castramóvel. O recurso já foi autorizado, mas ainda está sendo analisado pelo Ministério da Saúde.
Na cidade, a necessidade de um castramóvel é antiga. Além do grande número de animais que são abandonados diariamente nas ruas, muitos tutores não podem pagar por uma castração particular. Sem a castração, o número de animais só se multiplica. Na última semana, no Centro Histórico, um grupo de cerca de 20 cães perseguiam uma cadela que estava no cio. Essa cena tem sido recorrente, principalmente nas ruas do Centro. As cadelas entram no cio, cães de diversos pontos, inclusive de bairros, começam a segui-la. Por causa do instinto, e do número grande do grupo, eles acabam ficando mais agressivos e ameaçam pedestres nas calçadas.
O protetor da Ong Cão Companheiro, Domingos Galante, é um dos protetores da cidade que faz o resgate destes animais. Ele contou que nessa quarta-feira (6) fez o resgate de outra cadela que estava no cio, sendo perseguida por 15 cães, no Amazonas, no Quitandinha. “O poder público deve acordar para situação. Tem que avançar no projeto de uma clínica móvel. Vai ajudar muito as pessoas carentes e a nós, protetores.
Precisamos de políticas públicas, vontade e os profissionais nos cargos certos, só assim nós vamos conseguir mudar esse quadro de abandono na cidade”, destacou.
Empresa terceirizada prestará o serviço na cidade
Enquanto o novo castramóvel não chega, a prefeitura anunciou a contratação de uma empresa terceirizada para realizar o serviço itinerante na cidade. A primeira ação está prevista para julho e deverá atender a 600 animais de Corrêas, Castelo São Manoel, Bairro da Glória, Jardim Salvador, Estrada Mineira, Bonfim, Loteamento Samambaia e Roseiral. Segundo a prefeitura, os critérios para adesão ainda não foram definidos pela Coordenadoria de Vigilância Ambiental.