Setranspetro não solicitou aumento de tarifa este ano e quer subsídios para a operação do sistema

O Sindicato das Empresas de Transporte de Petrópolis (Setranspetro) informou à Tribuna que não enviará este ano à Companhia Petropolitana de Transporte (CPTrans) pedido de reajuste da tarifa dos ônibus. O último aumento no transporte coletivo aconteceu em agosto de 2019, antes do início da pandemia da covid-19, quando a passagem passou de R$ 4,20 para R$ 4,40.

De acordo com a gerente do Setranspetro, Carla Rivetti, houve uma mudança na postura da entidade. “Não podemos afastar ainda mais o passageiro aumentando a tarifa. O que reforçamos e pretendemos é conseguir outras fontes de subsídio para o sistema”, disse. “Não existe a possibilidade de passar todo o custo e prejuízo para quem paga”, reforçou a gerente.

Na segunda-feira (10), a Prefeitura apresentou uma proposta de subsídio do sistema de transporte. De acordo com o governo municipal, com a ajuda proveniente de recursos dos cofres públicos a passagem teria redução de R$ 0,20. Essa queda de 20 centavos no valor da passagem está na proposta anexada pela Prefeitura à ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual, cobrando o retorno de 100% da frota em Petrópolis.

De acordo com o Setranspetro, atualmente a frota do sistema de transporte em Petrópolis está em 75%. O sindicato informou ainda que a demanda de usuários – entre pagantes e gratuidade – no período de abril de 2020 a março de 2021 está em 52%.

O retorno de 100% da frota dos ônibus em Petrópolis vem sendo discutido desde o ano passado, quando a Prefeitura começou com a flexibilização das atividades econômicas. A Tribuna recebe diversas denúncias de ônibus lotados pela falta de veículos suficientes para atender aos usuários.