Sindicato denuncia atraso de salário em dois hospitais na cidade

Funcionários dos hospitais Clínico de Corrêas (HCC) e Nossa Senhora Aparecida (HNSA), além da Clínica Santa Mônica, estão com salários atrasados, alguns deles sem receber os vencimentos desde novembro de 2021. Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Petrópolis, as unidades alegam falta de repasses de verbas de convênios com a Secretaria Municipal de Saúde. 

De acordo com as informações do Sindicato, os que estão sem salários são funcionários da Lavanderia, nutrição, higienização, fisioterapia, enfermagem, farmácia e ambulatório, cujos serviços são essenciais para o funcionamento pleno das unidades hospitalares.

O presidente do Sindicato, José Fernando Assumpção, disse que tanto os empregados do HCC quanto do HNSA não receberam os vencimentos de novembro e dezembro e ainda o décimo terceiro salário. No Santa Mônica, os funcionários receberam apenas metade do pagamento referente à dezembro e também somente parte do 13º. 

Os atrasos nos pagamentos dos funcionários ocorrem sistematicamente desde o ano passado. “Muitos estão faltando ao trabalho, e os que continuam indo, acabam ficando sobrecarregados. Quem tem outro emprego, ainda consegue se virar. Mas no meu caso, que só trabalho lá, como fico? Para piorar, meu marido ainda está desempregado”, desabafou uma funcionária que preferiu não ser identificada. 

Ao todo, as unidades contam com cerca de 650 funcionários. O presidente do Sindicato da Saúde, José Fernando Assumpção disse que está tentando junto à Prefeitura verificar a questão dos repasses. 

A Tribuna fez contato por meio da Assessoria de Imprensa do HCC e HNSA, mas não houve retorno. Na Clínica Santa Mônica, não foi possível falar com funcionários responsáveis devido ao horário de encerramento do setor. A Tribuna está aberta a publicar as devidas respostas das unidades envolvidas. 

Já a Secretaria de Saúde informou que, “nestes dez primeiros dias de gestão, está levantando os dados de todos os pagamentos referentes aos prestadores de serviço” e esclareceu, ainda, que “a questão citada é uma relação de trabalho de inteira responsabilidade das empresas privadas mencionadas com os seus funcionários”.