Sobre as reformas

A falta de compreensão da grande massa acerca das necessidades do País, associada a uma verdadeira lavagem cerebral imposta pelo governo do PT durante o período que governou, quando uma publicidade eivada de engodos levou muitos pelo Brasil afora a acreditar que Lula era o grande pai da nação e que todo o resto das instituições de nada valiam e serviriam, o PT, Lula e Dilma foram os donos da verdade absoluta e o País foi redescoberto após a posse, ainda no primeiro mandato dos trabalhadores.

Esta falta de compreensão está a atingir seu ápice pleno nos dias atuais. O que vimos esta semana em Brasília reflete bem o que digo. Os sindicatos, por sobrevivência, ( na reforma trabalhista, o imposto sindical deixa de ser obrigatório) induzem ao erro e compram militantes, baderneiros e vândalos, apenas para tumultuar e atrasar o processo. O episódio foi lamentável e só serviu para mostrar que preocupados com os rumos do País, eles não estão. É apenas defesa de sua existência.

Não conseguirão. O país necessita urgentemente destas reformas, (trabalhista e previdenciária) e de outras que a seguir virão (política e tributária).  Se a grande mídia, por sua vez, teve um papel histérico na delação dos irmãos Batista da JBS, cuja gravação clandestina do Presidente não pode, segundo peritos, ser considerada prova, já que bastante contaminada por cortes e lhe faltando sequência lógica, bem como, incompatibilidade com a transcrição feita nas oitivas dos irmãos, por outro lado, o Congresso está, como se diz na gíria, "tocando o barco" das reformas a despeito das atribulações e tentativas de obstrução da pauta por uma oposição medíocre e investigada na Lava Jato. 

Esta próxima semana, será uma semana decisiva na sequência dos encaminhamentos: o grande teste será a reforma trabalhista no Senado; os embates ficarão mais e mais acalorados e novas manifestações são esperadas, desta vez sob o olhar atento do exército aos vandalismos. Os que querem sabotar e/ou não permitir que o caminho seja trilhado penso que desta vez não obterão êxito.

O importante neste momento é tentar manter a serenidade e o bom senso; é necessário olhar a floresta e não só as árvores, deixar se levar por acontecimentos que nada mais são do que pontos fora da curva, não é recomendável. O País precisa de rumo e é de bom alvitre termos isto em mente: necessitamos da retomada de empregos, da manutenção da queda da inflação, da volta do crescimento do PIB, e de mais uma série de ajustes que as reformas desempenharão com seu papel fundamental e precípuo nesta guinada. Sem elas, o futuro do Brasil é de uma incerteza a toda prova, mesmo que estas reformas esbarrem no descontentamento do corporativismo de algumas classes e mesmo que elas sejam aparentemente duras no primeiro momento, elas precisam acontecer.