‘Som da Liberdade’: homem que inspirou filme volta a ser acusado de abuso por grupo de mulheres
Tim Ballard, o homem que inspirou o filme Som da Liberdade, voltou a ser acusado por um grupo de mulheres anônimas que trabalharam na Operation Underground Railroad (OUR), organização fundada por ele, de abuso. As informações são da Rolling Stone.
Em uma nova declaração divulgada pela advogada Suzette Rasmussen nesta quinta-feira, 28, as mulheres, que optaram por permanecer anônimas, expressaram seu compromisso com a luta contra o tráfico humano e alegaram ter sido submetidas a “assédio sexual, manipulação espiritual, aliciamento e má conduta sexual” enquanto trabalhavam na organização.
No comunicado, as mulheres afirmaram: “Embora valorizemos nossa privacidade enquanto trabalhamos para reconstruir nossas vidas, também sentimos a responsabilidade de falar e afirmar inequivocamente que essas alegações são verdadeiras.” Elas reconhecem os riscos envolvidos ao desafiar alguém tão proeminente quanto Tim Ballard, mas escolheram permanecer anônimas por enquanto.
Tim, que recentemente deixou seu cargo na organização em meio a acusações de má conduta sexual, negou as alegações em uma resposta pública, chamando-as de “invenções infundadas projetadas para me destruir e ao movimento que construímos para acabar com o tráfico e exploração de crianças vulneráveis.”
Apesar de sua renúncia, as alegações continuam a surgir. Sete mulheres relataram à Vice que Tim fez avanços indesejados, pedindo para que elas fingissem ser sua esposa em viagens ao exterior, para dormirem na mesma cama e tomarem banho com ele. Ele também teria enviado uma foto dele mesmo em sua roupa íntima para uma das mulheres, perguntando o que ela estava fazendo para salvar as crianças.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, da qual Ballard é membro, denunciou suas ações como “moralmente inaceitáveis”, conforme relatado pela Vice.
O filme Som da Liberdade, da produtora americana Angel Studios, foi o filme mais assistido do Brasil no último fim de semana. O “blockbuster da direita” já foi visto por mais de 240 mil pessoas no País, mas a produtora faz distribuição gratuita de ingressos, o que gera controvérsias