Soraya termina campanha no centro de SP e diz que ‘veio para ficar’ na política

01/10/2022 21:34
Por Marcela Villar / Estadão

A senadora e candidata à Presidência da República Soraya Thronicke (União Brasil) terminou sua campanha no bar da Dona Onça, no centro de São Paulo. “Quando a gente vê coisa errada, injustiça e corrupção, a gente vira onça”, disse Soraya ao Estadão. Ela ficou conhecida nos debates televisivos por frases críticas a outros candidatos, que repercutiram nas redes sociais e viraram “meme”, além de se autodenominar como “onça”.

Em relação à campanha, Soraya disse que teve “pouquíssimo tempo” para se apresentar ao Brasil, mas que muita gente já a conhece. Ela diz ter tido “muita dificuldade” por ser uma mulher disputando o cargo. “Termino de cabeça erguida, feliz por ter conseguido olhar nos olhos das pessoas e mostrar pra elas que juntos existe uma saída”, afirma.

No Mercado Municipal, também no centro da cidade, onde ela caminhou pela manhã, a maioria dos presentes a olhava com desconhecida. Ao circular, Soraya também ouviu gritos de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A hoje candidata já foi aliada de Bolsonaro, mas rompeu com ele e passou a criticá-lo.

A senadora se disse “decepcionada” com o governo e afirmou que o presidente “traiu seus apoiadores”. “Queríamos tirar o PT do poder, conseguimos e colocamos as nossas esperanças nas mãos de Jair Bolsonaro. E ele trai a pátria dessa forma. Isso é muito triste”, afirma. Ela também acusou Lula de corrupção. “Os candidatos que estão liderando as pesquisas somam 20 anos de má gestão e de corrupção. O Brasil não merece mais isso.”

‘Lacração’

Alguns eleitores a reconheceram pela “lacração”. “O padre apanhou viu? Chegou a dar pena”, disse um eleitor, em referência aos ataques feitos por Soraya a Padre Kelmon (PTB), durante o debate da TV Globo, na última quinta-feira, 29. Candidatas de direita para o Legislativo também escolheram o local para pedir voto, como a deputada estadual Gilvania Medeiros (União Brasil) e a candidata à deputada federal Nise Yamaguchi (PROS), médica defensora da cloroquina, que foi questionada na CPI da Covid.

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