SpaceX: Falcon 9, foguete de Elon Musk, tem voos suspensos nos EUA após explosão

30/ago 19:34
Por Sabrina Brito / Estadão

Foguetes Falcon 9, da SpaceX, foram proibidos de voar pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês). A retenção das naves é a segunda em dois meses e tem como objetivo a investigação da falha na tentativa de pouso que aconteceu na quarta-feira, 28. Ainda não está claro quanto tempo durará a interdição.

Como consequência, o foguete não poderá ser usado em pelo menos duas missões espaciais capitaneadas pela empresa de Elon Musk, chamadas Crew-9 e Polaris Dawn.

A Crew-9 se resume à volta dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, atualmente hospedados na Estação Espacial Internacional, à Terra.

Já a Polaris Dawn é um empreendimento em que quatro pessoas ficarão na cápsula Crew Dragon por cinco dias, batendo altitudes mais altas do que aquelas atingidas por qualquer pessoa desde o fim do programa Apollo, responsável por levar o homem à Lua.

A empresa passou por uma proibição semelhante à atual em julho, quando o Falcon 9 foi novamente protagonista. No dia 11 daquele mês, ao longo de um lançamento de satélites da Starlink, o motor da nave falhou durante a tentativa de completar o lançamento do segundo estágio do foguete.

Na ocasião, a SpaceX indicou a existência de um vazamento de oxigênio naquela parte da nave. Elon Musk descreveu o incidente como uma desmontagem rápida não programada.

O incidente mais recente teve ligação com o primeiro estágio do Falcon 9, ou seja, sua porção inferior. Houve um erro que não permitiu que essa parte do foguete pousasse corretamente em uma balsa-drone, causando sua explosão e posterior tombo nas águas do mar. Ainda assim, a entrega dos satélites que a missão tinha como objetivo ocorreu sem outros percalços.

De acordo com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, existe a ciência de que uma anomalia ocorreu durante a missão do dia 28 de agosto, apontando para a falha do propulsor da nave durante o pouso. “A FAA está exigindo uma investigação”, comunicou.

Em seguida, a companhia de Musk afirmou que desistiu do lançamento de uma segunda missão da Starlink naquela noite. A meta era deixar os engenheiros investigarem o que causou a falha no pouso.

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