Steve Kerr compara Curry a Michael Jordan: ‘Estamos vendo algo de outro mundo’
Por mais que o desempenho atual do Golden State Warriors não convença, a fase de Stephen Curry é de encher os olhos. A equipe, repleta de desfalques, não engrenou e ocupa a nona posição na Conferência Oeste, dentro da zona de classificação para o “play-in” (torneio antes dos playoffs). Mesmo assim, seu astro vem batendo recordes e fazendo atuações que o colocam como um postulante ao prêmio de MVP (melhor jogador) da temporada. O rendimento do atleta tem empolgado o treinador Steve Kerr, que o comparou com ninguém menos que Michael Jordan.
Kerr acompanhou de perto o trabalho da lenda, pois foi companheiro de equipe de Jordan nos últimos três títulos do Chicago Bulls. Então isso não é algo dito da boca para fora. O treinador, que deu depoimentos sobre sua relação com o ex-jogador na série documental The Last Dance, da Netflix, fez a seguinte afirmação em entrevista à ESPN americana.
“Ele (Curry) está me lembrando o Michael no sentido de que a gente fica acostumado a ver tanto brilho e excelência, isso meio que se torna natural. Se torna uma rotina. É insano pensar que o que estamos vendo é algo de outro mundo e começamos a esperar exibições como essa. Isso é provavelmente o sinal mais puro de grandiosidade”, afirmou.
Nas temporadas anteriores, o técnico costumava compará-lo com outro ídolo do esporte, Tim Duncan, com quem foi campeão pelo San Antonio Spurs. A comparação é por este motivo: “A combinação entre a humildade e a concentração, somadas à total confiança no seu jogo”. Mas o que mudou de lá para cá é que Curry está fazendo história em um time cheio de problemas.
Além da inconstância de boa parte dos atletas, os Warriors estão sem Klay Thompson desde 2020 e perderam a segunda escolha do último Draft, James Wiseman, por lesão até o resto da temporada. Assim como Eric Paschall e Kelly Oubre Jr., atletas com uma capacidade ofensiva acima da média do elenco, estão fora no momento.
Mesmo assim, a estrela da franquia registrou uma média de 37,3 pontos em abril e quebrou o recorde da NBA de bolas de três pontos em um mesmo mês, com 93 arremessos convertidos. O armador ainda se tornou o primeiro na história da liga a registrar uma média superior a 35 pontos com um aproveitamento de no mínimo 50% nos arremessos de quadra, 40% para três pontos e 90% da linha de lance livre, em um só mês.
Curry é o cestinha da liga na temporada com 31,3 pontos por jogo. E também registra médias de 5,8 assistências, 5,5 rebotes e 1,2 roubo de bola. Para ele, esses números justificariam o seu terceiro prêmio de MVP na carreira. “Sim, eu me sinto como o MVP. Mas mesmo se eu não vencer, só de ser citado nas discussões, estar no Top 5, é gratificante. Esse tipo de reconhecimento mostra o que você é capaz ano a ano, não importa a situação”, afirmou para a ESPN americana.
Contudo, o astro está ciente que a briga é dura e os resultados de sua equipe fazem com que ele largue atrás. “Só de me citarem já é um prêmio, pois sabemos que tudo precisa dar certo para que você realmente vença”, completou.