Sucessão de primeiro-ministro britânico fica restrita a 3 nomes

20/07/2022 07:49
Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

A disputa para substituir Boris Johnson entrou nesta terça, 19, na reta final com um cenário imprevisível – um homem e duas mulheres sobraram na disputa pela chefia do Partido Conservador – e pelo cargo de premiê do Reino Unido. O ex-secretário das Finanças Rishi Sunak, que vem liderando as votações, enfrenta agora a chanceler, Liz Truss, e a secretária de Comércio, Penny Mordaunt.

O processo de escolha do líder do Partido Conservador envolve cinco rodadas de votação em sete dias, que eliminam paulatinamente os candidatos, como um reality show. Dos oito nomes que se lançaram, restam apenas Sunak, que obteve mais votos nas quatro primeiras rodadas e se tornou favorito, além de Mordaunt e Truss.

Disputa

Ontem, a eliminada foi a deputada Kemi Badenoch, até então desconhecida, que havia se tornado uma estrela em ascensão da ala mais à direita do partido. As duas mulheres, Mordaunt e Truss, praticamente empatadas atrás de Sunak, agora se esforçam para herdar os apoiadores de Kemi antes da votação final marcada para hoje.

Os dois finalistas irão para uma última rodada de votação, que será decidida entre todos os 180 mil membros do Partido Conservador. O vencedor será anunciado em 5 de setembro, quando o Parlamento volta do recesso de verão. O novo líder sucederá a Johnson, que renunciou no início do mês, depois de uma sequência de escândalos.

Ontem, Sunak obteve 118 votos – dois a menos do necessário para garantir uma passagem direto para a votação final. Mordaunt recebeu 92 votos, Truss, 86 e Badenoch, 59.

A campanha expôs profundas divisões no Partido Conservador no final do governo de Johnson, manchado por escândalos. Sunak foi criticado pelos adversários por aumentar os impostos em resposta aos prejuízos causados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Em resposta, ele diz que seus rivais vendem “contos de fadas” econômicos.

Expulsão

Em uma disputa onde cada voto conta, o eleitorado de 358 deputados conservadores foi reduzido para 357. Tobias Ellwood, um crítico de Johnson que apoia Mordaunt, foi suspenso do partido no Parlamento por não ter comparecido à votação de uma moção de confiança protocolada pela oposição contra o governo conservador, na segunda-feira.

O governo de Johnson – que pretende ficar com primeiro-ministro interino até o dia 6 de setembro – ganhou facilmente a votação graças à grande maioria conservadora, mas Ellwood foi punido por não interromper uma viagem oficial à Moldávia para votar.

Ellwood, que preside a Comissão de Defesa do Parlamento, disse que não pôde retornar em razão do caos sem precedentes nos transportes causado pela onda de calor, que afeta tanto a Moldávia quanto o Reino Unido. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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