Tapumes de madeira em antigo prédio do BB são substituídos por estrutura de ferro e prédio segue sem reforma

Nessa segunda-feira (1), foram retirados os tapumes de madeira, que já apresentavam sinais de deterioração por causa da exposição prolongada ao tempo, do entorno do antigo Banco do Brasil, localizado na esquina das ruas Alencar Lima e Imperador, no Centro Histórico. A estrutura foi trocada por uma de ferro, que substituiu o equipamento anterior, e redes de proteção foram mantidas para evitar que os pedestres sejam atingidos no caso do desprendimento de rebocos.

Diante disso, a Tribuna de Petrópolis procurou o novo dono do edifício histórico, para saber se outras intervenções serão realizadas e quando, porém ele não foi localizado. Em matéria publicada, no dia 28 de março, sobre o abandono do prédio, a Prefeitura anunciou que notificaria o proprietário para que ele providenciasse a recuperação do imóvel, fato que não foi confirmado até o fechamento desta edição pelo município.

Fechado desde 2012, o casarão apresenta sinais de degradação. A Prefeitura informou ainda que ano passado já havia notificado o antigo proprietário e que o caso está sendo acompanhado pelo Conselho Municipal Tombamento Cultural, Histórico e Artístico (CMTCHA). O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), responsável pelo tombamento do prédio, também não respondeu ao questionamento do jornal, sobre se o órgão foi informado sobre a troca dos tapumes.

O casarão foi vendido em novembro do ano passado em um leilão. O imóvel foi arrematado por R$ 1,829 milhão, cerca de R$ 61 mil a menos do que a previsão inicial. Com a venda, a previsão era que o novo proprietário fizesse as obras necessárias no espaço e desse uma destinação ao prédio. O pregão aconteceu na cidade de Vitória, no Espírito Santo. 

Saiba mais 

Em 2016, parte do reboco da fachada chegou a cair. O banco foi notificado pela Defesa Civil (DC) e tapumes foram instalados ao redor do imóvel. Em fevereiro do ano passado, outra medida paliativa para conservação do imóvel foi adotada pelo banco com a instalação de redes de proteção na parte lateral do prédio, que se mantém até hoje.

O prédio foi construído em 1926, com projeto do engenheiro João Glasl Veiga e inaugurado em 1928 para servir de sede ao Banco de Petrópolis, no mesmo lugar onde existiu o Hotel Bragança, demolido no século passado.