Táxi legal é seguro

13/12/2018 09:50

O cidadão tem o direito de escolher o melhor meio de transporte individual e os riscos são por sua conta. Vejamos: existe há muitos anos, em todas as cidades, uma reserva de mercado no que tange à permissão provisória dos chamados pontos de táxi. Ao longo dos anos, tal permissão virou um bom negócio, e, até hoje, essas licenças são alugadas, semanalmente ou mensalmente, para os que têm o próprio automóvel e precisam trabalhar. Todos sabem, mas providências…

Os táxis legalizados como manda a lei, deveriam ter manutenção preventiva, como mecânica em dia, selo de limpeza do ar-condicionado à vista do passageiro/cliente, além claro, do cartão com o retrato do condutor em destaque no para-brisa, para que o passageiro identifique o condutor Infelizmente, ninguém usa, a proibição como nos ônibus de não fumar dentro do veículo é desrespeitada até por muitos condutores.

Os órgãos pertinentes deveriam, anualmente, promover cursos de reciclagem para todos, principalmente com a entrega de cartilhas de como tratar o turista. Testes de uso de drogas ilícitas ou não deveriam ser uma constante – nesse caso, a legislação federal não ajuda, pois a Constituição diz que ninguém pode fazer prova criminal contra si mesmo (só no Brasil!).

Pela chegada nos últimos anos da modernidade dos aplicativos, muita coisa melhorou, mas ninguém se lembrou da segurança. O negócio é ganhar dinheiro a qualquer custo, o sistema hoje em Petrópolis é uma babel, no que deveria depender do executivo, vide decisão do Senado, que cabe ao poder municipal regulamentar as atividades de transporte público, até hoje não se sabe de nada, e o povo, fica igual a marisco entre as ondas do mar e o rochedo.

Cerca de 80% dos táxis em Petrópolis são conduzidos hoje pelos chamados motoristas-rendição, trabalhadores que recebem 30% do líquido da receita bruta diária, que não tem vínculo empregatício, cobertura da Previdência, ou qualquer garantia de que no outro dia estará trabalhando, pois, se o dono do ponto achar conveniente, chega pela manhã, toma a chave do carro e até logo. E todos trabalham mais de 10 horas por dia.

Quando a rendição consegue comprar um automóvel, se quiser fazer a coisa legalmente, tem que alugar o ponto do chamado proprietário, o que é uma irregularidade, pois ninguém é dono do espaço público, assim, como a banca de jornais em locais públicos, mas nunca se quis discutir essa situação.

Do outro lado, esse mesmo profissional, hoje, não quer mais alugar, poucos o fazem, a maioria está simplesmente usando os aplicativos e se virando como pode, pois nada é regulamentado, o usuário não tem nenhuma segurança. Enfim, uma bagunça generalizada que o executivo não consegue regulamentar, repito. O usuário tem o direito de usar o que quiser, pelo preço que dizem ser menor, mas a segurança não tem preço. E táxi legal é seguro.

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