Teatro Santa Cecília recebe o espetáculo “Queen Celebration in Concert” neste domingo (14), às 19h

Por Aghata Paredes

Conversamos com o intérprete de Freddie Mercury, André Abreu. Acompanhe a entrevista exclusiva!

“Tonight, I’m gonna have myself a real good time/ I feel alive / And the world, I’ll turn it inside out, yeah! / I’m floating around in ecstasy / So don’t stop me now (…)”. Quem nunca cantou alto “Don’t Stop Me Now” ou alguma das outras canções de sucesso da banda Queen? A paixão pelas letras e o estilo marcante de Freddie Mercury atravessa gerações, mesmo após 30 anos. Pois é, agora imagine ter a sensação de prestigiar essa que é uma das maiores bandas britânicas dos últimos tempos. O espetáculo Queen Celebration in Concert oferece ao público a oportunidade de viver essa experiência, através do resgate de trechos marcantes de turnês e shows da banda, como o Queen Live at Wembley Stadium (1986). 

Foto: Divulgação

Quem dá vida ao papel de Mercury é André Abreu, o maior intérprete do ícone do rock da América Latina. Cantor, multi-instrumentista, compositor e produtor musical, André entrega tudo nos mais diversos palcos do Brasil. Conversamos com ele para saber um pouco mais sobre o espetáculo em Petrópolis neste domingo (14), no Teatro Santa Cecília.

[Aghata Paredes] Como é o ser o maior intérprete na América Latina de uma das vozes mais poderosas do rock?

[André Abreu] “Pra mim é uma grande honra, porque eu sempre falo que o Freddie foi e é um dos maiores motivos para eu ter começado na música e a estudar canto e voz. Queria muito ser como ele quando eu era mais novo. Então ele guiou muito a forma como eu fui buscar esse conhecimento para poder, de alguma forma, me parecer com ele – musicalmente falando. Ter esse reconhecimento hoje é uma realização! Claro que a gente sempre está em busca de mais, de melhora, de evolução, mas me dá bastante a sensação de objetivo concluído ou em caminho de conclusão, vamos dizer assim… [risos] Fico muito grato com o reconhecimento das pessoas que elogiam o meu trabalho e me parabenizam. É uma imensa satisfação!”

Fotos: Divulgação

[Aghata Paredes] Qual é a história do Queen Celebration in Concert? Como surgiu a ideia de levar o espetáculo para todo o Brasil? 

[André Abreu] “A história por trás do Queen Celebration in Concert é uma história de muitas etapas, por assim dizer. Comecei a fazer tributos à banda Queen em 2017. Foi quando passei a gravar alguns vídeos para o YouTube. Nessa época fui convidado para integrar alguns projetos que permitiram que eu me aprimorasse e entendesse como seria essa trajetória. Isso foi de 2017 até o começo de 2020. E aí foi durante a pandemia, quando estava tudo parado, que eu decidi que montaria o meu próprio espetáculo, com o meu conceito e a minha visão de fã do que seria um tributo à banda Queen e de como seria o meu Freddie Mercury, vamos dizer assim [risos]. A estreia foi em agosto de 2021, com esse intuito de trazer para os palcos a visão de um fã apaixonado e enlouquecido pelo Queen e pelo Freddie. A gente gosta de dizer que é um espetáculo de fã [eu] para fã, que é quem está assistindo, e também de fã [eu] para o seu ídolo, o Freddie, que deixou toda uma história e um legado.” 

[Aghata Paredes] Você, com certeza, teve que se debruçar sobre o universo do Queen. Como foi essa preparação vocal, corporal e artística? 

[André Abreu] “Uma coisa que eu gosto muito de dizer é que, inconscientemente, eu estava me preparando desde pequenininho. Porque desde cedo eu comecei a ter contato com o trabalho do Freddie e, depois, do Queen. Isso me fascinou! Fiquei fascinado pelo artista, pela banda e passei a minha vida consumindo muito tudo que era relacionado a ambos. De certa forma, isso ficou incorporado em mim; os movimentos do Freddie e toda a personalidade dele. Essa preparação foi acontecendo, então, de maneira natural ao longo dos anos e, é claro, quando comecei a fazer esse trabalho de maneira mais profissional busquei ajuda. Tive a oportunidade de estudar com um dos maiores preparadores vocais do Brasil, o Marconi Araújo, que me auxiliou no aprimoramento de voz, na aproximação da voz com o Freddie, que é um trabalho de pesquisa que faço até hoje. Na parte de performance também me preparei com alguns profissionais da área, estudei os movimentos do Freddie para incorporar melhor o gestual, o andar e o falar dele. Então eu diria que a preparação foi meio a meio, por assim dizer, a parte que veio comigo desde pequeno e toda essa parte didática.”

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[Aghata Paredes] Qual foi o tempo necessário para dizer “pronto, é isso! Estamos prontos!”, em relação à performance do espetáculo como um todo?

[André Abreu] “Não sei dizer muito bem qual foi o tempo necessário, porque foi e é, na verdade, uma evolução e um processo de preparação constante. Para ser sincero, eu nunca estou satisfeito [risos]. Sempre acho que dá para fazer melhor; algum detalhe na música, no gestual, alguma coisa de figurino. Acho que quando eu comecei, lá em 2017, eu não me sentia preparado. Mas eu sou muito de me arriscar, sabe? Então isso me obrigou a buscar cada vez mais estar preparado. Hoje me sinto apto para fazer isso com muito mais confiança, mas é uma preparação e uma correção de rumos constante.”

[Aghata Paredes] Quantas pessoas estão envolvidas neste trabalho, dentro e fora dos palcos?

[André Abreu] “São muitas! Além da equipe que anda sempre com a gente, banda e equipe técnica, em torno de 10, 12 pessoas, também temos a participação de orquestras locais nos nossos espetáculos. Tem a direção artística, que não acompanha, mas participa de toda a preparação para o espetáculo, a equipe que seleciona os músicos locais…então envolve muita gente. Diria que em torno de 20 pessoas, mais as orquestras com músicos locais (8 a 10 pessoas). Conseguimos envolver aí, aproximadamente, 30 pessoas para o show acontecer.”

[Aghata Paredes]  O que o público pode esperar do espetáculo? Quais grandes sucessos fazem parte da trilha sonora do Queen Celebration in Concert?

[André Abreu] “As pessoas podem ir com a certeza de que vão ouvir, cantar e se emocionar ao som de todos os grandes sucessos do Queen, que é uma banda que tem muitos, muitos sucessos – pelo menos um por disco –  e a gente traz todos eles para o nosso repertório. Também vai ter algumas surpresas para quem é mais fã… Mas não é só o repertório, né? Nosso espetáculo remonta, visualmente, momentos icônicos do Queen. É um espetáculo, acima de tudo, de homenagem. O que estamos fazendo é uma grande homenagem! Não à toa nós temos o “celebration”, é uma grande celebração da história do Queen e do Freddie. Então as pessoas que vão estarão homenageando junto com a gente!”

[Aghata Paredes]  O espetáculo em uma frase?

[André Abreu] “Uma grande celebração ao Queen e ao Freddie Mercury!”

Completam o espetáculo Queen Celebration in Concert o experiente guitarrista Danilo Toledo, com os solos de Bryan May, o baixista PH Mazzili e o baterista Guib Silva, com uma energia a altura do imortal quarteto britânico. A apresentação é composta, ainda, por uma orquestra formada por 14 músicos sob a regência de Andrei Presser, que também trabalhou no musical “We Will Rock You”.

Os ingressos para o espetáculo, que é neste domingo (14), estão à venda no site Ingresso Digital. A classificação é livre.

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