Tebet diz que não vai buscar reeleição e que registrará compromisso no TSE
Reconhecendo já ter sido a favor da reeleição, a candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, prometeu nesta quinta-feira, 25, que vai protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Congresso Nacional um documento em que se compromete a não buscar um novo mandato caso consiga se eleger em outubro.
“Em uma semana, se esse documento não estiver protocolado no TSE, podem abrir processo de impeachment por improbidade, falso testemunho, por mentira, estelionato eleitoral”, afirmou em sabatina promovida pelos jornais Valor Econômico e O Globo, e pela rádio CBN.
A senadora disse que passou a ver a possibilidade de recondução como “uma escalada de ganância de poder”, citando que para continuar no Executivo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula (PT) “criou o mensalão e o petrolão”, enquanto sua sucessora, Dilma Rousseff (PT) “quase quebrou estatais e o presidente Jair Bolsonaro (PL) articulou o Orçamento Secreto”.
Ao criticar especificamente o Orçamento Secreto, a candidata à Presidência pelo MDB disse que “as portas do Palácio do Planalto” estarão abertas aos órgãos de fiscalização caso seja eleita. Para a senadora, o problema do Orçamento Secreto não são as emendas pagas aos parlamentares, previstas constitucionalmente, mas a falta de transparência.
“São as emendas de relator que permitiram o Orçamento Secreto. Não existe Orçamento Secreto fora dessas emendas. Na realidade, o que nós temos que fazer, é dar transparência. O político só tem medo de uma coisa: o povo vai dizer. Quando você der transparência, com uma caneta, para o Orçamento Secreto, vai ver quem realmente levou esse dinheiro, se esse dinheiro foi bem aplicado, sem nenhum problema”, disse ao responder questionamentos sobre o tema na sabatina.
Tebet já prometeu que, em seu primeiro dia de governo, assinará uma norma para que todos os ministérios deem total transparência sobre a destinação dos recursos das emendas parlamentares. A senadora afirmou ainda que “a maioria desses recursos [do Orçamento Secreto] foi para os municípios mais distantes, onde não há imprensa, nos rincões mais distante do Nordeste, onde o serviço não foi executado”.