Tendência do comércio para o inverno

Roupas de veludo, ponchos, botas e até o tradicional cachecol, tudo é válido para se aquecer com estilo neste inverno. A estação é referência no que diz respeito a moda. As roupas são mais bonitas, vestem melhor no corpo e nunca são demais. Principalmente com as baixas temperaturas que têm sido registradas em Petrópolis. Mesmo com a crise, a procura por roupas mais quentes têm aumentado. Alguns empresários do ramo já estão precisando fazer reposições nos estoques para suprir a demanda. 

No ano passado, o frio chegou de mansinho, e quando finalmente se instalou por volta de junho pegou muita gente de surpresa. Neste ano, as roupas de inverno apareceram mais cedo nas vitrines da cidade. As liquidações de primavera/verão deram espaço rapidamente aos vestidos de manga comprida, e roupas mais fechadas. Mas basta chegar uma frente fria, para os manequins das vitrines sumirem atrás dos casacos pesados. 

“Logo quando começou o outono as peças mais leves saíram primeiro, como os vestidos de manga comprida. Mas dessa vez o frio chegou mais cedo, então a procura por casacos mais pesados também começou mais cedo. Alguns modelos já até acabaram”, contou a vendedora da loja Thiamo, Stefani Satyro. 

Mas ainda assim, muitos consumidores só saem as compras quando a frente fria chega. É o caso da Técnica de Enfermagem Maira Blezer, que estava pesquisando preços para comprar um casaco para presentear a filha de uma amiga, mas aproveitou para procurar peças para seu guarda- roupas. “Aqui o frio mudou muito, parece que está muito pior agora. Eu confesso que costumo esperar o frio chegar para comprar roupas. Mas estou pesquisando, adorei essas coleções novas”, contou Maira. 

Comércio da cidade durante o inverno 

Tons mais escuros são característicos da estação, mas nessa coleção muitas lojas estão apostando em novos tons, como pastéis e nudes. Até mesmo o clássico verde militar está voltando com tudo. Pensando nas tendências que ditam a moda nacional e internacional alguns empresários petropolitanos estão investindo em coleções mais trabalhadas e com tecidos antes esquecidos e que agora estão retornando com outra cara. 

 “O nosso item número 1 desta coleção estão sendo as calças de veludo, com cores mais fechadas. Mas mesmo assim, o mais forte na loja continua sendo o tricô. Nós produzimos as peças aqui, compramos a linha de fora”, contou o empresário da loja Thiamo Addison Freitas Menezes.

Com a procura antecipada por roupas de inverno, o estoque de muitas lojas já estão precisando de reposição. As confecções que agora deveriam começar a produzir as coleções de verão 2018, estão precisando abastecer os estoques. O que é um ponto positivo para movimentar o comércio da cidade. “O setor de confecção continua forte. Apesar da Rua Teresa, que é o termômetro do comércio de moda da cidade, estar com muitas lojas fechadas, o setor de produção continua forte. Alguns empresários estão buscando outras alternativas além do varejo”, afirmou Addison que também é Presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas e Chapéus de Senhoras de Petrópolis (Sindcon). 

O inverno vai até 22 de setembro, mas as liquidações que costumam ocorrer no fim da estação já estão presentes em algumas vitrines. Alguns lojistas apostam nos atrativos que acontecem nesse mês na cidade para movimentar o comércio de inverno. O empresário da loja D’fashion Jorge Ferreira Machado sentiu o impacto da presença do turismo no último mês. “As vendas caíram muito por causa da crise. Com o inverno rigoroso, as peças mais pesadas são as que mais saem. A Bauern ajudou muito no movimento, e espero que em julho, em função do festival de inverno também melhore. Hoje eu trabalho com produção própria e consignados, e já estou desde o começo do inverno abastecendo meu estoque”, contou.