Traficante do RJ forneceu armas para assalto à joalheria na 16 de Março

20/11/2017 16:20

Seis meses após o assalto a uma joalheria na Rua 16 de Março, no Centro, policiais da 105ª Delegacia de Polícia (DP) buscam por cinco suspeitos que estão foragidos. As investigações já foram encerradas. Nove prisões preventivas foram decretadas, dessas, quatro homens foram presos. O inquérito agora está com o Ministério Público Estadual. De acordo com o delegado titular Claudio Batista Teixeira, um traficante da comunidade Nova Holanda, no Rio de Janeiro, forneceu armas e escolheu parte dos homens que fariam o assalto, em troca ele recebia 30 por cento do que fosse roubado.

O roubo a joalheria aconteceu no início da noite do dia 11 de maio, quando três homens invadiram o estabelecimento armados. Na fuga, os assaltantes fizeram a proprietária da loja refém, roubaram um carro e trocaram tiros com um policial militar em pleno Centro Histórico. "Durante esses meses vi o empenho dos policiais em solucionar esse crime. Estou satisfeita pelo trabalho que vem sendo desenvolvido pelos policiais civis e também pelos policiais militares. Vimos que a ação foi feita por criminosos do Rio de Janeiro e isso mostra que precisamos estar atentos", disse a proprietária da joalheria, Célia D´Azevedo.

O dos assaltantes que foi identificado pelas câmeras de segurança, continua foragido. Já o mandante do crime foi preso em agosto em um bar no Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra e por meio do seu depoimento, foi possível identificar e prender outros três suspeitos. Os outros homens indiciados pela polícia continuam foragidos.

"Tínhamos um número de telefone que era atribuído ao líder do grupo, e por meio do cruzamento de antenas foram identificados outros de pessoas relacionadas diretamente ao assalto á joalheria. Através de interceptação telefônica autorizada pela Justiça, foi possível confirmar o envolvimento direto do traficante do Rio de Janeiro com a organização criminosa instalada no bairro Alto da Serra  com o crime ocorrido no centro da cidade de Petropolis", explicou o delegado.


Segundo Claudio Teixeira, o dinheiro do assalto seria usado na distribuição e venda de entorpecente na região do Alto da Serra. "Com informações anônimas descobrimos que o assalto a joalheria havia sido praticado por integrantes de organização criminosa que havia se instalado no Morro da Oficina com objetivo de distribuir e revender material entorpecente naquele bairro e em localidades próximas", disse.

Imagens do circuito de segurança da loja, da Rua 16 de Março e do pedágio da BR-040 também ajudaram os policiais na identificação dos criminosos. No noite do assalto, duas motocicletas usadas pelos assaltantes foram recuperadas, assim como uma das armas usadas por eles e uma pequena parte das peças que foram roubadas. De acordo com o delegado, as jóias não recuperadas foram repassadas a um receptador da comunidade Nova Holanda.


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