Tragédia anunciada

22/03/2017 12:00

Dois assuntos na área do abastecimento de Petrópolis, há muitos anos merecem atenção, ma s até hoje, por diversos motivos, nada é feito. A cada novo governo é uma história diferente, e vamos levando com a barriga até que  tragédia venha a acontecer.

Numa cidade planejada, onde as principais vias ainda acolhem velhas redes de águas pluviais e de esgoto, não se entende que ainda percorram as nossas centenárias ruas, carretas e  bitrens com até 50 toneladas de cargas das mais diversas.

Sempre se cobrou uma estação de transbordo de carnas na BR-040. Dali, com caminhões de até 10 toneladas seriam transportadas para qualquer ponto da cidade histórica, ficando os distritos, liberados para as carretas pesadas e bitrens.

Teríamos a nossa malha viária preservada e, em momento de crise, criaria uma centena de novos postos de trabalho para os petropolitanos, inclusive com mão de obra “menos qualificada”.

Como explicar ao visitante que quase todos os sábados pela manhã, há muitos anos, uma  carreta tipo baú), percorre as principais vias da cidade, desde o Quitandinha, Washington Luiz, Coronel Veiga, General Osório, Rua Tereza, até shopping ABC e ninguém fala dos transtornos que causa A culpa é de quem? De nossas autoridades que não conseguem conversar com os interessados. São muitos os exemplos que existem de grandes carretas vindas dos mais diversos estados e que aqui chegam, trancam o trânsito e ficamos assim.

Tempos atrás, uma grande empresa petropolitana, que para Petrópolis carreia milhares de reais em receitas do seu trabalho pelo Brasil afora, genuinamente petropolitana, localizada no Alto da Serra, um orgulho para todos os petropolitanos, estava aberta para realizar uma parceria com o poder público, para sair da sua sede e ir para a BR-040. Seria para todo mundo, mas a burocracia ou interesses outros nunca deixaram que a conversa fosse adiante, e quem paga a conta são todos os petropolitanos, que pagam para que o homem público resolva os nossos problemas diários. Vamos aguardar o atual governo, quem sabe ele tenha visão de futuro.

Dentro do mesmo problema, o de transportes, ninguém com um mínimo de razão entende que ainda se receba, às 11h, carretas com 30 mil litros de combustível, em pleno centro histórico, na Treze de Maio.

No centro da cidade do Rio de Janeiro, São Paulo, ou Curitiba, os postos de gasolina, só podem receber abastecimento, com qualquer litragem, de 22h às 6h da manhã. É uma questão de segurança para todos os envolvidos, e no  caso do combustível, a prefeitura não precisa gastar um só centavo, basta baixar um decreto e ponto final. Mas, parece que nossos homens públicos só pensam na reeleição.

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