Travessa aberta irregularmente no Itamarati preocupa moradores

22/11/2017 11:35

A abertura de uma travessa irregular ligando as ruas Spartaco Banal e Pedro Elmer, no Itamarati, está causando transtorno aos moradores. No último fim de semana, devido às fortes chuvas, parte da encosta cedeu e a lama bloqueou a passagem para as casas. Em maio, a obra foi embargada pela Secretaria de Obras, no entanto a via continua sendo utilizada pelos moradores para acessar as casas. Quem mora na parte baixa está preocupado com a chegada do período de chuvas, quando o risco de deslizamentos aumenta.

Segundo os moradores, a travessa foi aberta há seis meses e, desde então, toda vez que chove o problema se repete. Onde havia vegetação agora só tem barro vermelho que, com a força da água, desliza até a parte baixa da rua. Os moradores relatam que várias vezes precisaram utilizar até enxada e pá para conseguir sair de casa. “Isso é uma tragédia anunciada! Toda vez que chove é isso. Em uma das vezes, medi 30 centímetros de altura de lama no portão da minha mãe. Ela não tinha nem como sair de casa. Meu cunhado que precisou pular o muro para abrir passagem”, lamentou a auxiliar de veterinária Cristiane Vieira. Até agora os moradores não sabem quem realizou a obra.

O Núcleo de Fiscalização de Obras Particulares (Nufic) embargou a travessa, mas, segundo os moradores, o local continua sendo usado como passagem. A vegetação que foi cortada ainda não foi restituída. Por todo o trajeto é possível ver algumas canaletas improvisadas pelos moradores, na esperança de tentar amenizar o problema. Um estacionamento que havia no local foi soterrado pela encosta. 

“Assim que abriram a travessa fiquei assustada. Custei a acreditar. Foi um crime ambiental. Tinha muita vegetação e cortaram tudo. Agora, nós, que não temos nada a ver com essa obra, ficamos preocupados com a quantidade de lama. Nós que estamos sofrendo as consequências”, disse Cristiane.

A moradora Eloisa da Cunha contou que não consegue dormir nos dias de chuva forte, como no fim de semana. A casa dela fica logo em frente à área onde há maior acúmulo de terra. “Existe risco. Aqui tem pessoas doentes que precisam sair, às vezes, até com urgência, e o carro está preso na garagem por causa da lama. Aqui moram crianças e idosos. Há risco para todos nós”, disse, aflita.

A Prefeitura informou que o Nufic tem trabalhado desde maio para identificar o responsável pela obra irregular e exigir a recuperação da área devastada. A Secretaria de Obras estuda o que pode ser feito no local em relação à captação de águas para evitar que ocorram deslizamentos. 



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