Três escolas municipais terão tanque de peixes e alunos produzirão hortaliças

18/09/2018 10:16

As escolas municipais Liceu Municipal Carlos Chagas, Amélia Antunes Rabello e Johann Noel serão as primeiras a receber o projeto “Aquaponia” que consiste na produção de peixes – em tanques – associada à produção de hortaliças. A iniciativa, dos Clubes Rotary Petrópolis Bingen, Itaipava e do Projeto Água, em parceria com a Prefeitura, tem como objetivo promover a educação ambiental e incentivar a sustentabilidade entre os alunos através de oficinas, workshops e o acompanhamento da produção dos peixes e hortaliças nas escolas.

O projeto, chamado “Aquaponia: Cidadania e Sustentabilidade no ambiente escolar” foi lançado na terça-feira (18) na Casa da Educação Visconde de Mauá. Ainda nesse ano começará a instalação, nas três escolas, do sistema que garante a reutilização de águas pluviais. O projeto receberá recurso de R$ 500 mil proveniente do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal. A intenção é de que, no próximo ano, o projeto seja implantado em outras cinco escolas: São João Batista, Dr. Barros Franco, Augusto Pugnaloni, Professora Maria Campos e Santa Maria Goretti.

“Agradecemos ao município pela parceria. A sociedade civil está cada vez mais engajada em auxiliar o desenvolvimento de políticas públicas e ações em prol da comunidade e esse é um dos nossos objetivos. Esse é só o começo. Temos a intenção de estabelecer cada vez mais parcerias que possam contribuir para a formação dos alunos”, explicou o presidente do Rotary Petrópolis Bingen, Byron Mendes.

Nas escolas serão implantados tanques para a produção de peixes e hortaliças. A água de drenagem do cultivo dos peixes, que é rica em matéria orgânica e geralmente descartada na natureza, será reaproveitada no sistema de aquaponia, servindo de solução para o cultivo hidropônico de hortaliças.

“A água rica em matéria orgânica que sai do tanque dos peixes, passa pelo canal hidropônico e os nutrientes contidos na água acabam funcionando como fortalecedores para o metabolismo/crescimento das hortaliças. Como contrapartida, a água sai do tanque da hidropônica limpa e retorna em boas condições aos peixes. Um sistema de captação de energia solar será o responsável pelo funcionamento da bomba. O peixe que será cultivado é a tilápia”, disse a presidente do Rotary Petrópolis Itaipava, Sueli Karl.

O projeto implantará todo o sistema e fornecerá uma equipe multidisciplinar – com pedagogos, educadores ambientais e biólogos – que serão responsáveis pelas oficinas e workshops realizados com os alunos e servidores das escolas. “Toda ação que reforce a educação ambiental no ambiente escolar é válida. Temos uma rede extensa e os alunos são multiplicadores de conhecimento, ou seja, eles transmitirão tudo o que aprenderem para as famílias e comunidade, chamando a atenção para a importância da sustentabilidade. A cada dia, o envolvimento dos alunos em atividades tecnológicas aumenta e, isso é uma preocupação dos educadores. As experiências práticas chamam a atenção dos alunos. Eles adoram e temos certeza que será um projeto de sucesso”, disse a secretária de Educação, Samea Ázara.

A preservação dos recursos hídricos é um dos motivadores do projeto. “No mundo, apenas 1% dos recursos hídricos estão disponíveis para o consumo e é necessário que a população preste atenção nisso”, disse a bióloga do projeto Água, Natália Papoula.

O diretor do Liceu Carlos Chagas, Marcos Souza Machado, afirmou que o projeto auxiliará nas ações multidisciplinares. “Os professores poderão usar todo o projeto como exemplo para atividades diferenciadas como matemática, ciências e biologia. Acredito que os alunos ficarão muito animados com a novidade”.

Também participaram do evento o coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica, Dalmir Caetano, a responsável pelo Projeto Água, Silvia Firmeza, o representante da Caixa Econômica, Petrônio Garcia, o responsável pelo setor de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Anderson Maverick e o governador do Rotary Clube, Henrique Sampaio.

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