Trono de Fátima, porta do céu

25/07/2018 08:25

O Trono de Fátima é importante e sagrado. No Rio temos o Corcovado em louvor ao Cristo Redentor. Belos símbolos de nossa fé. Edificados no alto da montanha. O Redentor embeleza a Cidade Maravilhosa e a Mãe de Deus abençoa Petrópolis. É um convite à contemplação artística, a nossa confiança, à conversão, à concórdia e à união fraterna entre os povos. Nesse diapasão, o Trono de Fátima, realiza em todos os dias treze a Sagrada Eucaristia oficiada pelo padre Manoel e presença maciça da Congregação Mariana, que existe desde 08/12/1915, portanto às vésperas de completar 103 anos. 

Dentre os inúmeros louvores, um merece realce. É ao Frei João José, que desfruta do Cânon Celestial e de quem falaremos obedientes ao percuciente relato do Fr. Constantino Koser (V.F.nº 30-06/63) e depoimentos de vários Congregados que na Instituição permanecem há décadas. Frei João José Pedreira de Castro nasceu em Petrópolis aos 26/07/1896 e ingressou na O FM, aos 13 anos de idade, seguindo logo para Itu, SP, junto aos Pes.

 Jesuítas. Retorna à Petrópolis, no final de 1918, a concluir os estudos no Convento do Sagrado Coração de Jesus e aqui exerceu as funções de professor de idiomas. Ordenado Sacerdote em 1920, partiu para a Alemanha em 1921, onde concluiu seus estudos em Ciências Bíblicas. Em 1924 foi surpreendido por uma junta médica que lhe apresentou um laudo preocupante. “Teria seis meses de vida, pois, encontrava-se gravemente enfermo e com alto grau de diabetes”. Retorna ao convívio do Convento do Sagrado Coração de Jesus e, ao lado da Congregação Mariana da Anunciação, descobriu que teria uma missão a ser cumprida, para o bem da Igreja de Cristo, alegria do povo de Deus e para gáudio das artes.

 Em 1940 construiu o Teatro Mariano, onde dita Instituição está instalada até à presente data. Lá, bem alto na colina, idealizou também a construção do Trono de Fátima. Providenciou o projeto, isso em 1947. Além de seu espírito empreendedor, era também homem de raras virtudes e exímio intelectual. Foi um dos tradutores da Bíblia Ave-Maria. Carismático, dialogava com as denominações religiosas, vencendo barreiras, abrindo caminhos. Vários segmentos sociais e religiosos disseram que Frei João José foi um dos precursores do Concílio Vaticano Segundo. 

Faleceu em 1962 e deixou saudades que estão orvalhadas nas flores que enfeitam sua imagem que adorna a Capela erigida no Trono, onde principalmente nos dias 13 de cada mês, unimo-nos para reverenciar sua memória, recebendo os eflúvios da Santíssima Virgem de Fátima, vivendo as bênçãos Pascais. E no mês de maio, o Trono se engalana, porque o Santuário permanece em vigília consagrando todos os momentos à Maria. 

Todos os dias são oportunos a revivermos tão singular momento de fé sob o manto protetor de Maria Santíssima. Espelhemo-nos neste modelo e Ícone da Igreja, miremo-nos mais que nunca, na Mãe da Humanidade, símbolo de serviço e de apostolado. Sigamos a estrela, como fizeram os Reis Magos, os Pastores, os Anjos e os Santos. Perseveremos no devotamento de Frei João José, no amor filial a Jesus Uno e Trino e na Virgem de Sião, que é o Sacrário do Espírito Santo, o “Speculum Justice” e nossa luz. Seguindo os passos dos Santos e com Jesus, através de Maria, estaremos seguros “e ainda que passemos pelo vale das sombras, nada temeremos”.

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